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ONU volta a debater nova Constituição da Síria nesta semana

Discussão diplomática deve ser voltada aos fundamentos do governo e à identidade do Estado

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Conflitos internos na Síria chegaram ao 11º ano e já provocaram cerca de meio milhão de mortos | Jean-Marc Ferré/ONU
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O Comitê Constitucional da Síria volta a se reunir, ainda nesta semana, para uma nova rodada de negociações sobre a Constituição do país.O último encontro, promovido pela  Organização das Nações Unidas (ONU), foi realizado em outubro de 2021, mas terminou sem maiores avanços.

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"Espero que, durante esta sessão, o Comitê Constitucional trabalhe com seriedade, sentido de responsabilidade e determinação para alcançar o progresso que a situação exige", disse o enviado da ONU, Geir Pedersen. "Todos devem trabalhar de forma a gerar confiança", acrescentou.

Nesta sétima rodada, que ocorre em Genebra, na Suíça, os assuntos devem ser voltados aos fundamentos do governo, a identidade do Estado, os símbolos do Estado e a estrutura e funções das autoridades públicas. Cada tópico, segundo Pedersen, terá um dia exclusivo para ser discutido.

As negociações promovidas pela ONU são o único espaço em que o regime de Al-Assad, atual presidente do país, aceita negociar com a oposição não armada. 

Os conflitos internos na Síria chegaram ao 11º ano e já provocaram cerca de meio milhão de mortos, além de originar uma grave crise social e econômica, com 13 milhões de pessoas a necessitarem de ajuda humanitária. De acordo com dados da ONU, 90% da população do país está vivendo em situação de pobreza extrema.

Em pronunciamento na última semana, o secretário-geral da entidade, António Guterres, voltou a apelar por uma negociação diplomática entre os grupos, uma vez que "a destruição na Síria é tão extensa e fatal que chega a ser praticamente única na história moderna".

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"O andamento da negociação política está totalmente parado. O enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, faz um grande trabalho em termos do conselho constitucional, mas hoje a negociação política está parada porque a maioria dos atores continua achando que há uma solução militar para a crise. Não há outra saída a não ser uma saída diplomática", afirmou.

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