Sem apresentar provas, Moscou acusa EUA de financiarem armas químicas
Americanos anunciaram mais sanções contra a Rússia, desta vez, em conjunto com os países do G7 e a UE
SBT Brasil
O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) se reuniu emergencialmente nesta 6ª feira (11.mar), a pedido da Rússia. Sem apresentar provas, Moscou levou à ONU a denúncia de que os Estados Unidos estariam financiando o desenvolvimento de armas químicas e biológicas na Ucrânia.
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"A Rússia pediu esta reunião com o propósito de mentir e espalhar desinformação", disse a representante dos Estados Unidos, acrescentando que a ONU não tem conhecimento de qualquer programa de armas biológicas ou químicas na Ucrânia. O embaixador russo insistiu. "Como nosso país está realizando uma operação na Ucrânia, descobrimos vestígios de um programa biológico militar em Kiev, afirmou. Segundo o governo americano, a acusação russa pode ser parte de uma estratégia para que o país de Vladimir Putin use armas químicas e depois culpe americanos e ucranianos. Biden afirmou que, se isso acontecer, a Rússia pagará um preço muito alto.
Paralelo a isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu para a Ucrânia destruir amostras com vírus e bactérias armazenados em laboratórios biomédicos, para que não exista risco de contaminação em caso de bombardeios. Segundo a OMS, a orientação é parte dos protocolos de segurança. Nesta 6ª feira, os Estados Unidos anunciaram mais sanções contra a Rússia, desta vez, em conjunto com os países do G7 e a União Europeia (UE). Uma delas é o rebaixamento do status comercial do país. Com isso, a Rússia perde uma série de benefícios e garantias no comércio internacional, podendo ter vários produtos tarifados.
O presidente americano também proibiu a importação de vodka, caviar e diamantes russos. Várias empresas do ocidente estão deixando a Rússia, inclusive bancos. A Goldman Sachs foi a primeira instituição financeira a anunciar o fim das operações no país, e o Citibank disse que estuda fazer o mesmo. Para barrar a fuga de multinacionais, Putin ameaça nacionalizar empresas que saiam da Rússia. Com isso, moscou assumiria o controle de imóveis e de toda a produção de companhias de países considerados "hostis". Na 5ª feira (10.mar), Putin deu o prazo de cinco dias para as empresas retomarem as atividades.
As ameaças do Kremlim chegam até mesmo ao espaço. Segundo o canal americano ABC, o chefe da agência espacial russa disse que pode abandonar um astronauta americano na Estação Espacial Internacional. O retorno de Mark Vande Hei à terra está marcado para o fim deste mês, em uma nave russa, junto com dois cosmonautas. Segundo a Nasa, a viagem segue planejada. Representantes da agência espacial russa afirmam que o comentário teria sido feito em tom de brincadeira.
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