Os momentos que antecederam o início da guerra entre Rússia e Ucrânia
Conflito entre os países se acirrou depois que Putin reconheceu independência de regiões separatistas
O conflito armado entre Rússia e Ucrânia começou na madrugada da última 5ª feira (24.fev) quando o exército russo entrou no no país vizinho para uma "operação militar especial". Mas o confronto começou a se desenhar de fato na 2ª feira (21.fev), quando Vladimir Putin reconheceu a independência das regiões separatistas de Donetsk e Lugansk.
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A decisão do presidente russo foi fortemente criticada pela comunidade internacional, que prometeu sanções, alegando que a Rússia violou a soberania da Ucrânia. Após seu anúncio, Putin determinou também determinou o envio de tropas para a região, aumentando o temor de um possível confronto armado.
Em reunião de emergência da Organização das Nações Unidas (ONU), a Rússia afirmava estar "aberta à diplomacia" para resolver a crise, mas reforçava a necessidade de defender as regiões separatistas ucranianas. Os países aliados da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) seguiram aplicando sanções, enquanto a posição oficial da aliança seguia sendo de evitar um embate armado.
Apreensivo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, anunciou a convocação de reservistas das Forças Armadas na 3ª feira (22.fev). No dia seguinte, Vladimir Putin seguiu irredutível e afirmou que "os interesses da Rússia e a segurança do nosso povo são uma prioridade inegociável", referindo-se à missão de impedir que a Ucrânia fizesse parte da Otan.
Ainda na 4ª feira (23.fev), o cenário de uma guerra já parecia ser inevitável, e o governo ucraniano decretou estado de emergência em todo o país, menos nas regiões separatistas. Entre as medidas estavam a restrição de circulação de veículos, proibição de eventos em massa, entre outras coisas.
Horas depois, já na madrugada de 5ª feira (24.fev), Putin anunciou o início de uma "operação militar especial" na região de Donbass, no leste da Ucrânia. O presidente russo afirmou ainda, em tom de ameaça, que se algum outro país intervisse, teria consequências nunca antes vistas.
Não demorou muito para que os primeiros ataques fossem registrados. De acordo com o governo ucraniano, ainda na madrugada mísseis foram lançados "na sede militar, aeroportos, armazéns militares, perto de Kiev, Kharkiv, Dnieper", dando início à guerra, que completa quatro dias neste domingo (27.fev).
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