Japão e Austrália anunciam sanções contra Rússia e regiões separatistas
Países acompanham decisão de outras nações devido à ameaça de invasão russa na Ucrânia
As autoridades do Japão e da Austrália anunciaram, nesta 4ª feira (23.fev), a imposição de sanções contra a Rússia e os territórios separatistas da Ucrânia - Lugansk e Donetsk. A decisão acontece dois dias depois que o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu a independência das duas regiões e ordenou o envio de tropas militares aos locais.
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Segundo o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, o governo vai proibir novas emissões e distribuições de títulos de dívida soberana russa no Japão, assim como o comércio em Lugansk e Donetsk e os vistos para pessoas ligadas aos territórios. As novas medidas, conforme informado, deverão entrar em vigor "o mais rápido possível".
Já o premiê da Austrália, Scott Morrison, informou que as sanções impostas serão contra instituições bancárias da Rússia, como VEB, um dos maiores bancos de investimentos e desenvolvimento russo, e o banco militar. Também serão adotadas sanções contra indústrias de setores como a energia, mineração e hidrocarbonetos nas regiões separatistas.
Morrison disse ainda que o país vai proibir a entrada e aplicar sanções financeiras a oito membros do conselho de segurança da Rússia, órgão que reúne os principais decisores russos, em particular os líderes do Exército e dos serviços secretos.
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Ambos os primeiros-ministros reiteraram, assim como os líderes da Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido, a condenação da decisão de Putin e reforçaram considerar o parecer como "uma violação da soberania e da integridade territorial ucraniana, bem como do direito internacional". O posicionamento também é adotado por membros de entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização do Tratado do Atlântico do Norte (OTAN).
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