Congresso dos EUA aprova lei para combater assédio no trabalho
Apresentado em 2017, projeto contou com denúncias de uma jornalista da Fox News
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Novo projeto de lei aprovado nos Estados Unidos garante que as vítimas de assédio sexual em ambiente de trabalho possam recorrer aos tribunais em busca de justiça. A medida é um marco da ação #MeToo, um movimento que buscava alterações na forma como as denúncias eram tratadas no país.
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Apesar de aprovada no Congresso, a proposta depende agora da assinatura do presidente norte-americano, Joe Biden. De acordo com a medida, fica impedido que contratos de trabalho obriguem os funcionários a resolver casos de agressão sexual ou assédio através de arbritagem, meio processual que costuma beneficiar os empregadores e atrapalha a exposição pública das denúncias.
Responsável por liderar o plano, a senadora Kirsten Gillibrand citou o projeto como "uma das reformas mais significativas no local de trabalho da história americana". Ela ainda completou que o processo atual, de arbritagem, não permite que a vítima tenha acesso ao tribunal. Medida aprovada no Congresso anula essa linguagem em contratos de todo o país.
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O novo projeto de lei foi apresentado em 2017 por Gilibrand em conjunto com o senador republicano Lindsey Graham, da Carolina do Sul, e teve apoio bipartidário. Esse é um dos motivos pelos quais a medida fosse aprovada por unanimidade no Senado.
Encaminhada para assinatura de Biden, o projeto anula a prática de arbritagem em todo o país e tem entre apoio à lei o testemunho da jornalista Gretchen Carlson, que acusa o falecido presidente da Fox News, Roger Ailes, por ações desrespeitosas e também por atrapalhar sua carreira diante da rejeição.
Em conferência de imprensa, a jornalista Carlson comentou que não imaginava que, após cinco anos, suas alegações teriam peso na mudança da lei.