Confronto marca protesto no Sudão. Bombas de gás lacrimogêneo foram utilizadas
Na capital, manifestantes enfrentaram forças policiais fortemente armados
SBT News
Forças de segurança lançaram gás lacrimogêneo contra milhares de manifestantes reunidos em protesto contra o regime militar, após o golpe do mês passado, no Sudão. Mesmo com o acordo que restabeleceu Abdalla Hamdok no cargo de o primeiro-ministro civil e trouxe a libertação da maioria dos principais políticos detidos desde o golpe, os comitês de resistência convocaram os manifestações em diversas cidades, na última 5ª feira (25. nov).
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Na capital, os manifestantes marcharam até palácio presidencial quando forças policiais fortemente armadas foram para o centro de Cartum e começaram a disparar gás lacrimogêneo e perseguí-los. Bloqueando uma estrada a cerca de um quilômetro do palácio, os presentes gritaram "Soldados, voltem para o quartel".
Os comitês e partidos políticos rejeitaram o acordo assinado por Hamdok, que disse que traria a libertação de dezenas de detidos, encerraria a repressão e preservaria bilhões em ajuda estrangeira.
O governante militar Abdel Fattah al-Burhan disse que a aquisição era necessária para retomada do país e que comícios pacíficos são permitidos. Segundo ele, as mortes durante os protestos estão sendo investigadas, culpando a polícia e facções políticas armadas.