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Ministros de Cristina Kirchner pedem demissão a Fernández

Renúncias revelam divisão entre os dois líderes e expõem crise política após derrota nas Primárias

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Alberto Fernández 
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Depois de derrota avassaladora da aliança Frente de Todos nas eleições Primárias da Argentina, ministros e funcionários que respondem à vice-presidente Cristina Kirchner apresentaram pedidos de demissão ao presidente Alberto Fernández na 4ª feira (15.set). As renúnciam revelam divisão entre os dois líderes e expõem a crise política que se agravou após a derrota do último domingo (12.set). 

A manobra do grupo ligado à Kirchner tem como objetivo pressionar Alberto Fernández a uma reforma ministerial e ceder às pressões do kirchenerismo, termo usado para se referir à filosofia política do falecido Néstor Kirchner, presidente da Argentina de 2003 a 2007, e de sua esposa, Cristina Fernández de Kirchner (2007-2015). 

Nas Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias (Paso), realizadas no domingo, a coalização Frente de Todos, da qual Fernández faz parte junto com  Kirchner, ficou em primeiro lugar em apenas 6 dos 24 distritos eleitorais argentinos. Com a derrota, o chefe do Executivo argentino admitiu a reprovação e afirmou que trabalhará com "empenho e força" para atender às necessidades do povo. 

A partir daí, o kirchnerismo deu início a pressões para derrubar o chefe do Gabinete de ministros, Santiago Cafiero, e o titular da Economia, Martín Guzmán, a quem atribuem os problemas econômicos que provocaram a reprovação do eleitorado. 

Segundo a imprensa argentina, entre os que apresentaram a renúncia estão os ministros do Interior, Eduardo Wado de Pedro; da Justiça, Martín Soria; da Habitação, Jorge Ferraresi; e da Ciência e Tecnologia, Roberto Salvarezza.

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