União Africana condena violência e pede restauração da ordem na África do Sul
País enfrenta forte onda de protestos e saques desde 6ª feira (9.jul)
Nesta 4ª feira (14.jul) a União Africana (UA) condenou a onda de violência na África do Sul, que já provocou pelo menos 72 mortes, e apelou a uma "restauração urgente da ordem, paz e estabilidade" no país.
"Se as autoridades não conseguirem controlar a violência, haverá graves impactos não só no país, mas em toda a região", advertiu Moussa Faki Mahamat, presidente da Comissão da UA. Na declaração, Mahamat descreveu ainda como "terríveis" as "cenas de pilhagem da propriedade pública e privada" e a "destruição de infraestruturas".
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Nos últimos dias, outras organizações internacionais e humanitárias também manifestaram preocupação com a situação do país. Em comunicado, o gabinete de representação das Nações Unidas em Pretória destacou que "embora a ONU reconheça o direito de todos os sul-africanos a uma manifestação pacífica, tal como consagrado na Constituição, isto deve ser exercido de forma responsável".
A África do Sul vivencia uma onda de tumultos violentos e saques de estabelecimentos desde a última 6ª feira (9.jul), inicialmente como protestos contra a prisão do ex-presidente Jacob Zuma, que recusou-se a testemunhar no Tribunal Constitucional por corrupção.
Segundo os últimos dados divulgados pela polícia local, o número de óbitos chega a 72, com 45 mortos em Gauteng (centro) e 27 em KwaZulu-Natal (leste), que são as duas províncias mais afetadas pela violência. Até agora, mais de 1.200 pessoas foram detidas durante as manifestações.