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Constituição do Chile será redigida em sistema de paridade; entenda

Mulheres receberam mais votos, mas número será igual ao de deputados; grupo vai alterar Carta de Pinochet

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protestos no Chile
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O Chile elegeu, no último fim de semana, os 155 membros da Assembleia Constituinte que irá refazer a Carta Magna do país. O documento vai substituir a organização do estado definida durante a ditadura de Pinochet. O país também elegeu novos governadores, prefeitos e vereadores. 

As mulheres tiveram mais votos que os homens, mas a Constituinte chilena será criada por um grupo com o mesmo número de deputados e de deputadas. Isso por causa da lei de paridade aprovada pelo país em março, que define igualdade entre os dois grupos.

Além da paridade de gênero, a escolha dos membros também levou em consideração os indígenas, que representam 12,8% da população do país. 

Em rede social, a cientista política Marcela Ríos, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), aponta que a paridade foi bem sucedida em sua intenção inicial de compor um grupo mais representativo. 

"A paridade cumpriu plenamente seu objetivo. Não buscava favorecer nem homens nem mulheres. O resultado eleitoral mostra o potencial de liderança feminina e presença equilibrada de candidaturas", comemora.

A Constituinte chilena busca revisar a Carta criada na ditadura de Augusto Pinochet, entre 1973 e 1990, considerada como o pilar das desigualdades sociais do país.

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