Cúpula do Clima virtual é a estreia de Biden em um evento global
Além dos 40 líderes globais convidados, também participam empresários e membros da sociedade civil
Nova York - O critério para cobertura jornalística da primeira Cúpula Global virtual é o mesmo dos eventos passados na Casa Branca de Joe Biden. Desde que tomou posse, o Democrata definiu regras para prevenção da Covid19 que incluem limite de profissionais que podem ingressar no complexo e testes diários obrigatórios para detecção do novo coronavírus. Para a primeira Cúpula do Clima, a decisão foi manter as comitivas estrangeiras em seus países de origem por precaução com a pandemia. O evento irá acontecer na quinta e sexta-feira, dias 22 e 23 de abril, e irá contar com a participação de 40 líderes globais incluindo o presidente brasileiro Jair Bolsonaro.
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Em Washington, nesta semana, a porta-voz da Casa Branca Jen Psaki falou brevemente como será a estrutura do evento virtual de dois dias. Segundo Psaki, a Cúpula do Clima contará não só com os discursos dos quarenta líderes convidados mas apresentações científicas, vídeos e pequenas sessões de intervalo. Psaki afirmou ainda que um pequeno número de empresários e líderes da sociedade civil foram convidados e que o encontro vai abordar questões como a inovação tecnológica, a criação de empregos e como custear as mudanças de longo prazo necessárias para desacelerar o ritmo das mudanças climáticas.
Considerado um marco no caminho para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (a COP26), em novembro, em Glasgow, a Cúpula do Clima de Biden vai anunciar a meta ambiciosa dos Estados Unidos de cortar pela metade até 2030 a emissão dos gases poluentes que provocam o efeito estufa. Nos bastidores, a esperança é que, ao reforçar essa promessa e comprometimento, Biden consiga aliados para influenciar outras nações a fazerem o mesmo apesar da própria Casa Branca reconhecer, em sua página na internet sobre o evento, que os Estados Unidos são o segundo país que mais emitem gases poluentes no mundo. 85% das emissões globais, segundo o governo americano, vêm de outras nações. Alguns conselheiros do presidente americano esperam que outros países com emissões elevadas de gases poluentes apresentem promessas ousadas. Como cada um se comportará se algo que o público poderá acompanhar já que o evento terá transmissão ao vivo pela internet.
Sobre qual foi o critério do governo americano para a escolha dos quarenta países convidados para a Cúpula do Clima, a porta-voz da Casa Branca Jen Psaki respondeu: " Eu acho que a decisão foi tomada sobre como impactar... e convidar, ou como convidar, mais ou menos, algumas das maiores economias do mundo. Esse era o objetivo. Mas o envolvimento com esses países, tendo uma conversa sobre o papel que muitos deles desempenham no enfrentamento da crise climática, está absolutamente na nossa agenda diplomática após a cúpula desta semana".
Participarão da Cúpula do Clima (por ordem alfabética dos países)
- Primeiro Ministro Gaston Browne, Antigua and Barbuda
- Presidente Alberto Fernandez, Argentina
- Primeiro Ministro Scott Morrison, Austrália
- Primeiro Ministro Sheikh Hasina, Bangladesh
- Primeiro Ministro Lotay Tshering, Butão
- Presidente Jair Bolsonaro, Brasil
- Primeiro Ministro Justin Trudeau, Canadá
- Presidente Sebastián Piñera, Chile
- Presidente Xi Jinping, China
- Presidente Iván Duque Márquez, Colômbia
- Presidente Félix Tshisekedi, República do Congo
- Primeiro Ministro Mette Frederiksen, Dinamarca
- Presidente Ursula von der Leyen, Comissão Européia
- Presidente Charles Michel, Conselho Europeu
- Presidente Emmanuel Macron, França
- Presidente Ali Bongo Ondimba, Gabão
- Chanceler Angela Merkel, Alemanha
- Primeiro Ministro Narendra Modi, Índia
- Presidente Joko Widodo, Indonésia
- Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu, Israel
- Primeiro Ministro Mario Draghi, Itália
- Primeiro Ministro Andrew Holness, Jamaica
- Primeiro Ministro Yoshihide Suga, Japão
- Presidente Uhuru Kenyatta, Kênia
- Presidente David Kabua, República das Ilhas Marshall
- Presidente Andrés Manuel López Obrador, México
- Primeiro Ministro Jacinda Ardern, Nova Zelândia
- Presidente Muhammadu Buhari, Nigéria
- Primeiro Ministro Erna Solberg, Noruega
- Presidente Andrzej Duda, Polônia
- Presidente Moon Jae-in, Coréia do Sul
- Presidente Vladimir Putin, Rússia
- Rei Salman bin Abdulaziz Al Saud, Arábia Saudita
- Primeiro Ministro Lee Hsien Loong, Singapura
- Presidente Matamela Cyril Ramaphosa, África do Sul
- Primeiro Ministro Pedro Sánchez, Espanha
- Presidente Recep Tayyip Erdo?an, Turquia
- Presidente Sheikh Khalifa bin Zayed Al Nahyan, Emirados Árabes Unidos
- Primeiro Ministro Boris Johnson, Reino Unido
- Presidente Nguyen Phu Trong, Vietnã