"Quero abraçar ele", diz brasileira que salvou menino nos EUA
Gerente observou comportamento estranho de garoto de 11 anos. Padrasto e mãe foram presos por maus-tratos
Câmera de segurança flagra menino que sofria de maus-tratos nos EUA
Primeiro Impacto
• Atualizado em
Publicidade
Uma brasileira que vive nos Estados Unidos salvou uma criança de maus-tratos em Orlando, cidade no estado da Flórida, região com forte presença de latinos e brasileiros. Flaviane Carvalho desconfiou da atitude de uma família e escreveu um bilhete para o garoto de 11 anos. Ela trabalha como gerente de um restaurante. O caso aconteceu no início do ano.
No papel, as palavras: "Do you need help?", ou "Você precisa de ajuda?", tendo resposta positiva. A mulher chamou a polícia, que prendeu a mãe e o padrasto do menino. A gerente observou algo de errado com a família e tomou a iniciativa: o menino estava cabisbaixo encapuzado e era o único que usava máscara, além de ser ignorado pelos familiares.
A reportagem do Primeiro Impacto conversou com Flaviane. "Quando a comida veio para mesa, eu percebi que tinham só três pratos ali. Me aproximei da mesa e perguntei se estava tudo certo com o pedido, pois poderia ter acontecido algum erro", conta.
O homem agiu de maneira ríspida e afirmou que o garoto seria alimentado em casa, à noite. A gerente percebeu, neste contato breve, que o menino estava com ferimentos por todo o corpo.
"Isso já me assustou, porque eu sou mãe e tem alguma coisa errada aí", explica Flaviane. De acordo com a gerente, o menino fazia sinais com os olhos em direção a ela.
A polícia foi ao restaurante e interrogou a família. O padrasto e a mãe foram presos por abuso infantil e negligência, e o homem pode ser condenado à prisão perpétua. O chefe da polícia local agradeceu Flaviane, afirmando que "se não fosse ela, estaríamos investigando um homicídio de um menino".
O menino agredido e a irmã estão sob os cuidados do governo local. "Eu quero abraçar ele, olhar nos olhinhos dele e dizer para ele que ele é o meu herói, pois teve a coragem de pedir ajuda, sair dessa situação e, com tudo isso, também ajudar a irmãzinha dele", finaliza Flaviane.