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A vacina chegou e parte de Nova York tem dúvidas
O prefeito de Nova York chamou líderes comunitários para discursarem na coletiva de imprensa desta terça-feira, 15. Alguns profissionais da saúde têm dúvidas sobre a imunização.
Patrícia Vasconcellos
• Atualizado em
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Nova York - Na coletiva de imprensa diária que já virou rotina nesta pandemia, o prefeito novaiorquino adotou um tom otimista nesta terça-feira, 15 de dezembro. "É um momento novo; estamos lutando contra a covid-19, mas agora temos a vacina" disse Bill de Blasio. As primeiras doses foram distribuídas na 2ª feira (14) em diferentes hospitais de Nova York. O mesmo aconteceu em 144 outros locais dos Estados Unidos. Nesta 3ª feira (15), as doses da Pfizer/BioNTech chegam em mais 425 localidades americanas e na 4ª feira (16), em outros 66 lugares. A prioridade neste primeiro momento é para os profissionais da saúde. Idosos residentes de asilos serão os próximos na lista.
Nova York, que já foi o epicentro da pandemia, vive como todo o país um aumento da curva de contaminação. Apesar da vacina, Bill de Blasio chegou a ameaçar fechar novamente o comércio não essencial se os números não estabilizarem. O motivo é que as doses da imunização da Pfizer/BioNTEch (e as do laboratório Moderna que virão em breve) serão destinadas aos grupos de risco nestes primeiros meses. A expectativa do Departamento de Saúde americano é que o público em geral comece a receber as doses a partir do fim de março do ano que vem.
Até lá, a principal medida de prevenção continuará sendo o distanciamento social e o uso de máscaras. Na cidade de Nova York, Bill de Blasio enfrenta a pressão do setor empresarial, já castigado por meses de queda no faturamento, e agora lida também com outro fator: a resistência de alguns profissionais da saúde que estão em dúvida se devem ou não tomar a vacina. O mesmo acontece em outros estados do país. "Neste fim de semana eu conversei com um médico do setor de terapia intensiva e ele me ajudou a tomar a decisão final e aceitar a dose" disse Helen Cordova à Associated Press. Ela trabalha como intensivista em um hospital da Califórnia e recebeu na segunda-feira, dia 14 de dezembro, a primeira dose da imunização da Pfizer-BioNTech.
Na coletiva desta 3ª, o prefeito de Nova York disse que entende a dúvida de parte da sociedade mas que confia na imunização. Para falar ao público, na transmissão pela internet, o prefeito chamou três convidados. Um reverendo, Phil Craig, um padre, Raymond Rivera, e um líder comunitário, Hezekian Walker. Todos vivem em comunidades de população negra e latina e falaram sobre a necessidade de aceitar a imunização.
É importante relembrar que o estado de Nova York solicitou à Casa Branca uma investigação em separado da vacina da Pfizer por entender que o procedimento foi todo muito rápido. O governador Andrew Cuomo chegou a dizer que não confiaria em qualquer vacina indicada por Donald Trump. Agora, os discursos parecem alinhados no sentido de dizer à população que a vacina é necessária e segura, como confirmou o FDA, Food and Drug Administration, instituição que regulamenta as medicações no país.
A vacina do laboratório Moderna está a espera da aprovação no FDA norte-americano. Nesta 5ª feira (17) haverá uma reunião de um comitê para que a imunização seja ou não recomendada. A expectativa é pela recomendação e se os prazos forem os mesmos seguidos da semana passada, a liberação pode sair no fim da 6ª feira, 18 de dezembro. Os Estados Unidos se preparam para enviar 6 milhões de doses da vacina da Moderna a 3.285 locais na primeira semana de distribuição.
Nova York, que já foi o epicentro da pandemia, vive como todo o país um aumento da curva de contaminação. Apesar da vacina, Bill de Blasio chegou a ameaçar fechar novamente o comércio não essencial se os números não estabilizarem. O motivo é que as doses da imunização da Pfizer/BioNTEch (e as do laboratório Moderna que virão em breve) serão destinadas aos grupos de risco nestes primeiros meses. A expectativa do Departamento de Saúde americano é que o público em geral comece a receber as doses a partir do fim de março do ano que vem.
Até lá, a principal medida de prevenção continuará sendo o distanciamento social e o uso de máscaras. Na cidade de Nova York, Bill de Blasio enfrenta a pressão do setor empresarial, já castigado por meses de queda no faturamento, e agora lida também com outro fator: a resistência de alguns profissionais da saúde que estão em dúvida se devem ou não tomar a vacina. O mesmo acontece em outros estados do país. "Neste fim de semana eu conversei com um médico do setor de terapia intensiva e ele me ajudou a tomar a decisão final e aceitar a dose" disse Helen Cordova à Associated Press. Ela trabalha como intensivista em um hospital da Califórnia e recebeu na segunda-feira, dia 14 de dezembro, a primeira dose da imunização da Pfizer-BioNTech.
Na coletiva desta 3ª, o prefeito de Nova York disse que entende a dúvida de parte da sociedade mas que confia na imunização. Para falar ao público, na transmissão pela internet, o prefeito chamou três convidados. Um reverendo, Phil Craig, um padre, Raymond Rivera, e um líder comunitário, Hezekian Walker. Todos vivem em comunidades de população negra e latina e falaram sobre a necessidade de aceitar a imunização.
É importante relembrar que o estado de Nova York solicitou à Casa Branca uma investigação em separado da vacina da Pfizer por entender que o procedimento foi todo muito rápido. O governador Andrew Cuomo chegou a dizer que não confiaria em qualquer vacina indicada por Donald Trump. Agora, os discursos parecem alinhados no sentido de dizer à população que a vacina é necessária e segura, como confirmou o FDA, Food and Drug Administration, instituição que regulamenta as medicações no país.
Mais uma vacina a caminho
A vacina do laboratório Moderna está a espera da aprovação no FDA norte-americano. Nesta 5ª feira (17) haverá uma reunião de um comitê para que a imunização seja ou não recomendada. A expectativa é pela recomendação e se os prazos forem os mesmos seguidos da semana passada, a liberação pode sair no fim da 6ª feira, 18 de dezembro. Os Estados Unidos se preparam para enviar 6 milhões de doses da vacina da Moderna a 3.285 locais na primeira semana de distribuição.
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