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Em convenção, Boris Johnson promete Reino Unido mais forte com futuro promissor
No discurso ao Partido Conservador, primeiro-ministro renovou suas promessas ambiciosas ao povo britânico
Sérgio Utsch
• Atualizado em
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Boris Johnson fez um discurso com muitos planos e ambição para o Reino Unido. Foto: Partido Conservador.
O discurso mais esperado da convenção anual do Partido Conservador britânico prometeu um país mais forte e um futuro promissor. Pra quem acompanha o primeiro-ministro do Reino Unido, foi o conhecido "coquetel Johnson", como escreveu Laura Kuenssberg, editora de política da BBC. Pela primeira vez, a convenção foi virtual. Esses eventos são anuais e servem pra que os grandes partidos do país reafirmem a sua agenda, anunciem um plano para os próximos 12 meses e, acima de tudo, confirmem como está o andamento dos compromissos que fizeram durante a eleição.
O discurso de Boris Johnson foi recheado de planos e ambição. O primeiro-ministro disse que o Reino Unido será um país com mais casas e mais empregos, que serão "centenas de milhares, se não milhões". Sobre os 48 hospitais que prometeu quando foi eleito, em dezembro passado, disse que "há oito em construção e quarenta ficarão prontos até 2030". O mandato do primeiro-ministro termina em maio de 2024.
Em dez anos, o Reino Unido de Boris Johnson será o líder mundial em produção de energia renovável. Toda a energia consumida pelo país "virá dos ventos que sopram sobre essas ilhas". Boris Johnson é um homem de superlativos absolutos e relativos. Entrevistas e discursos vem sempre recheados de expressões como "melhor do mundo", "imbatível", "nossa história gloriosa", com referências frequentes às vitórias do país na Segunda Guerra Mundial.
Se Winston Churchill é reverenciado pela vitória sobre os alemães, Boris Johnson poderá ser lembrado como o líder do país que mais mortos teve na Europa por causa da Covid-19. "Já tivemos mais que o necessário dessa doença" que, segundo ele, será vencida por um "esforço coletivo".
O líder da oposição, Keir Starmer, disse que "o país esperava que o primeiro-ministro admitisse com franqueza os problemas do governo pra enfrentar a pandemia". O Trabalhista está hoje à frente de Boris Johnson na preferência dos britânicos. Tem 34% contra 32% do atual primeiro-ministro, segundo pesquisa feita pelo Instituto Yougov e publicada pelo The Times, no mês passado. Foi a primeira vez em três anos que o líder dos Conservadores fica atrás nas pesquisas.
Não à toa, Johnson prometeu uma virada. Garantiu que "o país que vai emergir dessa crise será muito diferente daquele que a antecedeu". Os próximos anos dirão se é ele quem vai liderar essa mudança.
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