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Mesmo com covid, Trump foca na mensagem de força

Depois de um fim de semana com informações desencontradas da Casa Branca sobre a saúde do presidente, Donald Trump busca demonstrar força

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Mesmo com covid, Trump foca na mensagem de força
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Nova Iorque - O anúncio da saída de Donald Trump do Walter Reed Medical Center no fim desta 2ª feira (5.out) foi a consolidação de uma postura de demonstração de força. Trump usou o Twitter para avisar que teria alta dizendo: "Eu me sinto melhor do que há 20 anos!". Ainda escreveu: "Não tenham medo da covid", afirmando que os Estados Unidos desenvolveram os melhores remédios e tratamentos. Um dia antes, no domingo (4) Trump deu uma volta de carro para cumprimentar americanos que estavam na porta do hospital e seguravam bandeiras de apoio à sua reeleição. Sobre isso, o presidente americano disse: "A mídia me criticou por ter circulado em um carro fechado (...) mas se eu não o fizesse - cumprimentar as pessoas do lado de fora - me chamariam de rude".

Desde que o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, disse a repórteres, no sábado, que Trump estava em estado crítico na 6ª feira (2) e que as 48 horas seguintes seriam determinantes, o cenário se desenhou em torno das diferentes narrativas sobre a real situação de Donald Trump. O médico do presidente americano, Sean Conley, desde o princípio, salientou os pontos positivos do quadro clínico do presidente chegando a omitir na primeira coletiva de sábado (3) que Donald Trump teve queda na oxigenação em 2 momentos na 6ª feira, dia em que também apresentou quadro febril. A informação foi confirmada depois que o New York Times e o Washington Post noticiaram a versão do chefe de gabinete de que Trump tinha, sim, necessitado de suplementação respiratória naquele momento.

Na coletiva desta 2ª feira, 5 de outubro, o médico Sean Conley afirmou que Donald Trump cumpre critérios para a alta, que mais uma dose do antiviral Remdesivir será aplicada no fim do dia antes de ele partir para a Casa Branca e que outra dose será tomada no dia seguinte. Desde que foi diagnosticado com covid-19, Donald Trump teve também acesso a um tratamento experimental para aumento do número de anticorpos, disponível apenas para um restrito número de pessoas nos Estados Unidos - integrantes de uma pesquisa. Questionado por que os médicos não trataram o presidente americano desta vez com hidroxicloroquina, Sean Conley respondeu: "não vou entrar em detalhes sobre as discussões internas que tivemos sobre que medicação escolher". O médico do presidente americano afirmou apenas que a escolha feita foi considerada a melhor possível neste momento.

Falta agora menos de um mês para as eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para 3 de novembro. O 2ª debate está marcado para semana que vem, em 15 de Outubro. O candidato democrata Joe Biden, bem mais recluso que Donald Trump, usou as redes sociais hoje para incentivar o voto. Muitos estados já começaram a votação antecipada permitindo que o eleitor americano compareça presencialmente para escolher seu candidato. O voto por correspondência também é uma possibilidade embora Trump afirme que vai questionar este método na justiça.

Em teoria, Donald Trump teria que fazer isolamento por 14 dias desde o diagnóstico mas a volta no carro fechado em frente ao hospital na tarde de domingo foi um indicativo de que o presidente americano está disposto a voltar à ativa - de forma presencial - o quanto antes, apesar das críticas sobre expor outras pessoas (mesmo os integrantes do serviço secreto) à possibilidade de contaminação em sua presença. A primeira dama Melania Trump segue na Casa Branca. Nesta 2ª feira, escreveu nas redes sociais: "Me sinto bem e continuarei a descansar em casa." Melania disse que continuará rezando pelos que estão doentes ou tem um familiar com o novo coronavírus.
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