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Príncipe Harry e Meghan Markle pedem voto nos EUA e quebram tradição

Na tradição britânica, integrantes da Família Real não votam nem participam do debate político

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Príncipe Harry e Meghan Markle pedem voto nos EUA e quebram tradição
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Para quem está acostumado à diplomacia monárquica, em que cada declaração é meticulosamente trabalhada, as palavras do Príncipe Harry soaram como um atentado a uma das mais antigas tradições britânicas. "Novembro está chegando e é vital que rejeitemos o discurso de ódio, a desinformação e o negativismo das redes", disse o Duque de Sussex ao lado da esposa, a atriz Meghan Markle, que também tem o título de duquesa.

A declaração foi gravada na casa do casal, na Califórnia, onde os dois moram desde o ano passado e transmitida pela ABC, rede de TV dos Estados Unidos. É a primeira vez que eles falam publicamente desde que decidiram deixar o trabalho de representar a Rainha Elizabeth II em eventos e fazer o papel de patronos de instituições de caridade pra tocar os próprios projetos. Após o nascimento do filho, Archie, em maio do ano passado, mudaram-se para a América do Norte. Meghan e Harry travam uma briga na justiça com tablóides britânicos, acusados de invadir a privacidade e mentir sobre o casal.

Meghan Markle conclamou os cidadãos dos Estados Unidos a votarem nas eleições de novembro. "São as eleições mais importantes da nossa geração", disse a duquesa, que é estadunidense, já criticou Donald Trump no passado, antes de conhecer Harry, e não apareceu nos eventos quando o presidente fez uma visita de Estado ao Reino Unido, um mês após o nascimento do filho. Harry reforçou a mensagem da esposa e lembrou, em tom de lamento, que não pode votar nos Estados Unidos porque não é cidadão do país e que nunca pôde no Reino Unido. Pela tradição britânica, integrantes da Família Real não votam, nem participam do debate político. O filho mais novo da princesa Diana mostrou que pensa e age diferente.

Embora o casal não tenha citado o atual presidente e candidato à reeleição, Donald Trump é constantemente acusado por incentivar discursos de ódio e desinformação, exatamente o que o duque e a duquesa condenavam. Um porta-voz do casal disse à BBC que os comentários não se referiam a nenhum partido ou candidato e que eram um "pedido por decência". Questionada pela mídia britânica, um porta-voz do Palácio de Buckingham, sede da monarquia, lembrou que o duque não tem mais funções oficiais na Realeza e que "qualquer comentário que ele faz é pessoal".
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