Ruth Bader Ginsburg, da Suprema Corte dos EUA, morre aos 87
Ginsburg foi a 2ª mulher a atuar na Suprema Corte. O presidente Donald Trump vai indicar substituto
Ruth Bader Ginsburg, da Suprema Corte dos EUA, morre aos 87
SBT News
• Atualizado em
Publicidade
Ginsburg ao lado de Bill Clinton em 1993, quando foi nomeada para o órgão de justiça mais importante dos EUA. Foto: Sharon Farmer/Wikimedia Commons
A juíza Ruth Bader Ginsburg, integrante da Suprema Corte dos Estados Unidos, morreu aos 87 anos por complicações relacionadas a um câncer pancreático. Ginsburg é conhecida como uma defensora da igualdade de gêneros, com decisões que confrontavam a discriminação sexual.
A informação veio em comunicado oficial da Suprema Corte nesta 6ª feira (18 set).
O presidente Donald Trump tem a prerrogativa de escolher quem substituirá Ginsburg na Suprema Corte. A expectativa é que a nomeação amplie a maioria conservadora dentro do tribunal. A escolha precisa receber o aval do Senado norte-americano.
De inclinação progressista, Ginsburg chegou a criticar o então candidato Trump na campanha de 2016.
"Ele é um fingidor. (...) Não tem consistência. Diz o que quer que venha à cabeça no momento. Ele tem muito ego? Como ele conseguiu se livrar depois de cometer sonegação de impostos? A imprensa parece ser muito gentil com ele a respeito disso."
À época, Trump pediu que a juíza renunciasse ao cargo.
A nomeação de Ginsburg para a Suprema Corte foi em 2016, pelo presidente Bill Clinton, do Partido Democrata. Foi a 2ª mulher a ser nomeada para a Suprema Corte.
"Ao longo da sua vida, (Ginsburg) repetidamente apoiou os indivíduos, as pessoas com menor poder aquisitivo, os excluídos da sociedade, e deu a eles maior esperança dizendo que eles têm um ligar no nosso sistema legal", disse Clinton ao anunciar a nomeação.
O presidente do Supremo Tribunal Federal também recebeu com pesar a notícia da morte da juíza e decana da Suprema Corte americana, Ruth Gisnburg. Em nota, ele enallteceu o trabalho dela: "Sua atuação na defesa da igualdade de gênero, das minorias e do meio ambiente está entre as marcas de sua trajetória seja na advocacia, seja na magistratura da mais alta Corte do Estados Unidos da América" .
Fux finaliza a nota declarando que o STF teve o privilégio e a honra de homenagear Ruth Ginsburg, em maio do ano passado, ao exibir em sessão especial no edifício-sede do Supremo o documentário "A Juíza", que retrata a atuação da notável jurista. O filme pode ser visto no canal do youtube.