STJ concede liberdade provisória ao influenciador Nego Di
Humorista não poderá utilizar redes sociais e terá passaporte recolhido pela Justiça
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu liberdade provisória para o influenciador digital Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, nesta quarta-feira (27).
A decisão estabelece as medidas cautelares que Nego Di terá que cumprir. São elas: comparecimento periódico em juízo para justificar suas atividades; proibição de mudar de endereço sem autorização judicial; proibição de se ausentar da comarca sem prévia; comunicação ao juízo; proibição de frequentar/usar redes sociais; e recolhimento do passaporte.
O caso
Nego Di foi preso em 14 de julho. Ele é acusado da prática de crimes de estelionato qualificado. A investigação identificou movimentações financeiras na conta dele que ultrapassaram R$ 5 milhões em 2022.
Na época, o humorista abriu uma loja online chamada Tadizuera que vendia eletrodomésticos e eletrônicos, mas não entregou os produtos prometidos nos anúncios. Ao todo, foram pelo menos 370 vítimas. Ele também é investigado por estelionato, lavagem de dinheiro, fraude tributária e rifa eletrônica.
O sócio de Nego Di na empresa, Anderson Boneti, também foi preso preventivamente.
Segundo processo
Em setembro, já preso, o humorista foi denunciado em outro processo que envolve um esquema de rifa virtual de um Porsche e mais R$ 150 mil em dinheiro.
Segundo o Ministério Público, Nego Di vendeu o carro antes mesmo do sorteio e depois simulou a entrega do Porsche para um falso ganhador. Tudo pelas redes sociais.
Ele e a esposa, Gabriela Sousa, foram denunciados por lavagem de dinheiro do lucro das rifas, que chegou a R$ 2,5 milhões.
O influenciador vai responder ainda por estelionato e uso de documento falso, porque postou um comprovante de Pix de R$ 1 milhão como doação às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, quando, na verdade, transferiu apenas R$ 100.