Procuradoria-Geral da República defende manutenção da prisão preventiva de Roberto Jefferson
Em parecer ao STF, PGR pede que junta médica avalie condições de saúde do ex-deputado federal
A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou, nessa segunda-feira (29), parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) defendendo manutenção da prisão preventiva do ex-deputado federal Roberto Jefferson.
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O ex-congressista foi preso em outubro de 2022, às vésperas do segundo turno das eleições, quando resistiu ao cumprimento de mandado de prisão — expedido por causa de ofensas com palavras de baixo calão à ministra Cármen Lúcia — e deu tiros de fuzil e lançou granadas contra agentes da Polícia Federal (PF).
Por causa do episódio, ocorrido na casa dele, em Comendador Levy Gasparian (RJ), Jefferson foi indiciado pela PF por quatro tentativas de homicídio.
Segundo a manifestação da PGR, Jefferson deve continuar preso, mas uma junta médica oficial precisará avaliar a saúde do ex-parlamentar. A defesa alega que ele tem problemas que impossibilitam a manutenção da prisão, como colangite, inflamação no fígado. Ex-congressista está internado em hospital particular no Rio de Janeiro desde julho de 2023.
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"A manifestação é pela manutenção da prisão preventiva, com a submissão do investigado à junta médica oficial para que aponte, de forma discriminada, quais tratamentos são estritamente necessários à saúde de Roberto Jefferson Monteiro Francisco, bem como eventual contraindicação ao tratamento das enfermidades em ambiência prisional e/ou hospitalar", disse a PGR, em parecer.
O pedido de soltura será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF. Não há prazo para a decisão sair.