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Prevent Senior deixou quase 10 mil funcionários trabalharem infectados por covid, diz MPT

Essa e outras irregularidades foram objeto de ação protocolada na Justiça do Trabalho; Ministério Público pede quase R$ 1 bi de indenização

Prevent Senior deixou quase 10 mil funcionários trabalharem infectados por covid, diz MPT
Prevent Senior
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Ao menos 9.674 profissionais da Prevent Senior trabalharam infectados por covid-19 quando já sabiam que estavam contaminados e deveriam estar afastados, disseminando o vírus entre outros trabalhadores e pacientes. A informação, junto a outras irregularidades, foi usada em uma Ação Civil Pública contra a operadora de saúde, protocolada na segunda-feira (5) na Justiça do Trabalho de São Paulo.

+ Prevent Senior é condenada a pagar R$ 2 milhões para paciente

“Ao menos, 2.848 profissionais trabalharam infectados com covid-19 nos 2 dias seguintes à confirmação de contaminação; ao menos, 3.147 profissionais trabalharam infectados nos sete dias seguintes à confirmação de contaminação; ao menos 3.679 profissionais trabalharam infectados nos 14 dias seguintes à confirmação”, diz o documento.

Para o Ministério Público do Trabalho (MPT), “trata-se de comprovação documental irrefutável do não afastamento de trabalhadores acometidos com covid-19, os quais cumpriram jornada presencial e disseminaram o vírus entre outros trabalhadores, pacientes idosos e contactantes”.

A ação, detalhada nesta terça-feira (6) para a imprensa, foi produzida em conjunto pelo MPT, Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e Ministério Público Federal (MPF). Na investigação, os procuradores analisaram documentos da CPI da Pandemia, da CPI da Prevent (da Câmara Municipal de São Paulo) e ouviram cerca de 60 médicos, enfermeiros e outros profissionais que trabalhavam na operadora de saúde.

+ Relatório final da CPI da Prevent Senior pede indiciamento de 20 pessoas

Procurada pelo SBT News, a Prevent Senior não respondeu.

Entre as irregularidades cometidas pela Prevent Senior durante a pandemia e apontadas pelo MPT estão ainda:

  • assédio moral sofrido pelos profissionais de saúde, que eram obrigados a prescrever o “kit covid”, com remédios sem eficácia comprovada para o tratamento do vírus, diante de qualquer relato de sintoma gripal pelo paciente;
  • realização de pesquisa clínica em seres humanos com violação de normas éticas, ocasionando danos físicos e psíquicos aos participantes e à sociedade como um todo e transformando pacientes em "cobaias";
  • a operadora de saúde não cobrou vacinação contra a covid-19 de seus profissionais;
  • os profissionais da Prevent Senior só foram obrigados a usar máscaras em novembro de 2020, oito meses depois da decretação de estado de pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Seis empresas do grupo e os quatro sócios – Fernando Fagundes Parrillo, Eduardo Fagundes Parrillo, Andrea Fagundes Parrillo e Maria Aparecida Fagundes Parrillo – foram processados. MPT, MP-SP e MPF pedem uma indenização de R$ 940 milhões por dano moral coletivo, o equivalente a 10% do faturamento líquido das empresas em 2020 e 2021.

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