Polícia Federal pede nova investigação ao STF sobre cartões de vacina
Novos fatos mostram que grupo da prefeitura de Duque de Caxias não tem relação com suposto esquema que envolve Bolsonaro
A Polícia Federal (PF) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde desta quinta-feira (18), uma nova apuração sobre o caso dos cartões de vacina com dados falsos inseridos no sistema de vacinação do Ministério da Saúde.
No entanto, no documento enviado ao STF, a PF pede que essa investigação sobre a prefeitura de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, seja conduzida em outro processo, diferente do inquérito das milícias digitais, que investiga suposto esquema de fraudes em cartões de vacina envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, sua filha e pessoas próximas a ele, que teriam recebido a certificação sem ter tomado a vacina contra a covid-19.
O pedido veio após a polícia encontrar novos fatos durante análise dos dados armazenados em celulares apreendidos de servidores da prefeitura que revelaram a uma grande estrutura montada para a prática de crimes de inserção de dados falsos de vacinação em benefícios de diversas pessoas.
Caso Bolsonaro
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A suposta fraude no cartão de vacina de Bolsonaro começou a ser investigada em 3 de maio de 2023. No último dia 4, a operação “Venire” teve sua segunda fase deflagrada, quando foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra o secretário estadual de Transportes e ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB), e a secretária de Saúde de Duque de Caxias, Célia Serrano.
O suposto esquema teve início em novembro de 2021, quando o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, teria pedido um cartão de vacinação falsificado para sua esposa, Gabriela Santiago Cid.