Novo procurador-geral de Justiça de SP tem cerimônia de posse com autoridades
Paulo Sérgio de Oliveira e Costa foi nomeado pelo governador do estado, Tarcísio de Freitas. Evento teve protesto de estudantes e repressão de policiais
Paulo Sérgio de Oliveira e Costa foi celebrado nesta sexta-feira (24) como novo procurador-geral de Justiça de São Paulo. Ele está no cargo desde abril e comandará o Ministério Público paulista até abril de 2026, em um mandato de dois anos.
Oliveira e Costa afirmou ter como principais objetivos no período dar maior centralidade à vítima na atuação da instituição e fortalecer o suporte a quem sofre crimes no estado. Entre suas atribuições, estão a de investigar deputados estaduais, prefeitos e o governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A cerimônia de posse
A cerimônia que celebrou o novo procurador-geral aconteceu no auditório da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo), no Largo São Francisco -- um cenário tradicional da capital paulista. Oliveira e Costa foi aluno da instituição.
Passaram por lá os ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e Tarcísio de Freitas, responsável pela nomeação do procurador.
Protesto e repressão
Ao redor do auditório em que o evento foi realizado, estudantes da universidade promoveram um protesto contra o governador paulista e entoaram o coro de "fora, Tarcísio". Em seguida, policiais militares reprimiram os manifestantes. A cena foi registrada pelo público e divulgada nas redes sociais por Luna Zarattini (PT), vereadora da capital. Veja abaixo:
A chegada ao cargo
O novo comandante do Ministério Público de São Paulo tem uma carreira de 38 anos na instituição. Ele esteve na lista tríplice de indicações ao cargo, em que promotores votam, e foi o terceiro colocado. Ainda assim, o governador o escolheu.
Uma das razões do fortalecimento para a escolha foi o apoio dado a Oliveira e Costa pelo antecessor no cargo, Mario Sarrubo, que deixou o posto em janeiro de 2024 para assumir a Secretaria Nacional de Segurança Pública, órgão do Ministério da Justiça e Segurança, para onde foi levado por Lewandowski.