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Justiça

Moraes se declara impedido, mas mantêm prisão de suspeitos de ameaçarem seus familiares

Ministro do STF determinou um desmembramento da relatoria da investigação; ficando ele com aqueles crimes que recaem no inquérito das milícias digitais

Imagem da noticia Moraes se declara impedido, mas mantêm prisão de suspeitos de ameaçarem seus familiares
Ministro diz que acusações “são graves" e relata possível tentativa de " restringir o exercício livre da função judiciária” | Reprodução Carlos Moura/STF
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O ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou neste sábado (1º) a manutenção das prisões preventivas dos dois homens que ameaçavam a sua família. Simultaneamente, a decisão desmembrou a relatoria da investigação e declarou o impedimento do magistrado em parte dela.

Agora, um novo ministro do colegiado precisa ser selecionado para relatar a participação de Raul Fonseca de Oliveira e Oliveirino de Oliveira Júnior nos crimes de ameaça e perseguição (artigos 147 e 147-A do Código Penal). É sobre essas acusações que Moraes se abstém: das investidas contra seus familiares.

Também manteve sigilo dos autos até uma decisão da Corte.

Além disso, outra parte da petição (requerida pela PGR, Procuradoria Geral da República) aborda a abolição do estado democrático de direito. Na mesma linha de investigação do inquérito das “milícias digitais”, onde Alexandre é relator, e, por este motivo, apresentou a análise de que os réus seguem sendo julgados por ele neste âmbito. Por este motivo, também, justificou a manutenção das prisões.

"Permanece integral a competência dessa relatoria [o próprio] para a manutenção das investigações relacionadas ao crime previsto no artigo 359-L do Código Penal", disse citando o inscrito na lei sobre ações antidemocráticas.

Ainda, determinou que a Polícia Federal apresente, no prazo de 15 dias, laudos referentes aos aparelhos apreendidos durante a operação realizada na sexta-feira (31).

Em documento, o ministro do Supremo afirma que os fatos narrados pela investigação “são graves e, presentes a comprovação de materialidade e fortes indícios de autoria, apontam a intenção consciente e voluntária dos agentes em restringir o exercício livre da função judiciária”.

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