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Justiça

Mauro Cid prestará novo depoimento à Polícia Federal nesta terça (19)

Tenente-coronel foi ajudante de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele está em liberdade provisória, mas tem risco de ter delação premiada cancelada

Imagem da noticia Mauro Cid prestará novo depoimento à Polícia Federal nesta terça (19)
O tenente-coronel Mauro Cid é ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) | Lula Marques/Agência Brasil
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O tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), prestará novo depoimento à Polícia Federal (PF), na próxima terça-feira (19), em Brasília.

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Cid fechou acordo de colaboração premiada após ter sido preso em desdobramento das investigações que apuram fraudes em certificados de vacinação contra a covid-19.

Além da situação ligada às vacinas, o militar cooperou com a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado que teria sido elaborada no alto escalão do governo Bolsonaro e também é implicado no esquema de venda de joias e presentes entregues ao ex-presidente por autoridades estrangeiras.

A delação dele está sob risco de deixar de valer, o que poderia suspender o direito de permanecer em liberdade. Caberá à PF avaliar se Cid cumpriu ou não as obrigações do acordo. O processo está ligado a áudios do militar que vazaram. No material ele afirma que teria sido pressionado a contribuir com a Polícia Federal.

A defesa do militar sustenta não ter preocupações de que o acordo de colaboração seja afetado.

A situação de Mauro Cid

O tenente-coronel foi preso em 3 de maio de 2023, em uma operação que apurava a inserção de dados falsos de vacinação contra covid-19 em sistemas do Ministério da Saúde. Ele ficou preso até 9 de setembro, quando fechou o acordo de colaboração com a PF. A soltura dele foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Em março deste ano, Mauro Cid voltou a ser preso, ficando com a liberdade restringida até o mês de maio. A pena estava ligada ao vazamento de áudios em que criticava Moraes e citava a colaboração, o que é proibido.

Nas investigações da PF, foi apontado que integrantes do então governo e o ex-presidente Jair Bolsonaro trataram em reuniões de medidas contra o Judiciário. As ações são ligadas a uma tentativa de golpe, ainda em investigação.

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