Ex-assessor de Bolsonaro pede saída de Moraes em inquérito que apura tentativa de golpe
Defesa de coronel Marcelo Câmara, que está preso, acionou presidente do STF para troca de ministro no caso
A defesa de Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL) no último governo, pediu que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seja afastado do caso. O pedido foi protocolado nesta quarta-feira (14), e direcionado ao presidente da Corte, Luís Roberto Barroso.
De acordo com o pedido apresentado, a defesa de Câmara alega haver "incompetência" de Moraes frente ao caso. O documento também afirma que o ministro estaria impedido de decidir em relação ao tema por ser citado no inquérito.
“O julgador não pode ser a um só tempo juiz e interessado”, diz trecho do documento.
Marcelo Câmara está preso por determinação de Moraes. A penalidade veio em meio aos desdobramentos da investigação de uma possível tentativa de golpe de estado nas últimas eleições. De acordo com o inquérito, ele teria atuado para em ações de monitoramento ligadas a Moraes.
Além de Câmara, Moraes ordenou o afastamento de sete militares da ativa de suas funções do Exército. Eles são investigados pela Polícia Federal (PF) como o braço armado do plano de golpe contra o governo eleito em 2022.
A ação armada de parte das forças daria sustentação ao decreto de intervenção elaborado sob comando de Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente é alvo central da Operação Tempus Veritatis, que significa “A Hora da Verdade”, e foi deflagrada na última semana.