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Justiça

Justiça condena bombeiro que atirou em atendente do McDonald's no Rio

Vítima precisou remover o rim esquerdo e parte do intestino. Crime aconteceu em maio de 2022

Imagem da noticia Justiça condena bombeiro que atirou em atendente do McDonald's no Rio
Bombeiro condenado por atirar em atendente do Mc Donalds após ter desconto negado
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O 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro condenou o bombeiro Paulo Cesar Albuquerque a 12 anos de prisão por tentativa de homicídio. Em 2022, ele atirou em um atendente do McDonald's por um cupom de R$ 4.

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A decisão foi decretada na noite de 5ª feira (27.jul) pelo juiz Gustavo Kalil. O magistrado ainda fixou em R$ 100 mil o valor da indenização por danos morais a ser paga pelo bombeiro à vítima, que perdeu o rim e teve parte do intestino comprometido.

O júri formado por sete jurados considerou Paulo Cesar culpado por atirar em Mateus Domingos Carvalho, que trabalhava numa unidade da lanchonete no bairro da Taquara, na Zona Oeste. Na ocasião, o desentendimento entre eles começou após Paulo Cesar exigir do atendente um desconto em seu pedido.

A confusão aconteceu no drive-thru, quando o atendente tentava explicar que não poderia aceitar o desconto porque o cliente não havia informado sobre o cupom no início do atendimento. Segundo testemunhas, o cliente ficou irritado, saiu do carro, quebrou a proteção de acrílico e deu um soco em Mateus, antes de invadir a loja e dar um tiro nele.

Imagens das câmeras de segurança do estabelecimento mostram quando o sargento entra na loja com uma arma na mão e atira no rapaz. O militar sai e Mateus fica caído no chão enquanto é amparado por um colega.

A bala atingiu o rim esquerdo e o intestino grosso de Mateus, que sobreviveu, mas precisou passar por cirurgias e ainda sofre com as sequelas do crime. Na sentença, o juiz destaca que a vítima perdeu o rim e parte do intestino, e precisou ser aposentado por invalidez.

"Um jovem de então 21 (vinte e um) anos que estava trabalhando com atendente no período da noite. A fala da vítima é compatível com a prova técnica, tanto que o laudo de exame de fls. 1387/1390 atestou debilidade permanente nas funções renal e digestória, além de deformidade permanente. São consequências gravíssimas e sérias", afirma o juiz.

Já o agressor disse que o tiro foi dado de forma acidental. Ele justificou o disparo por conta do consumo de bebida alcoólica, remédios controlados, problemas na vida pessoal. Também afirmou ter sofrido ofensas homofóbicas.

O sargento teve sua prisão preventiva decretada no dia 20 de maio do ano passado e desde então está em uma unidade prisional do Corpo de Bombeiros. O juiz Gustavo Kalil manteve a prisão e decretou a perda do cargo de bombeiro do acusado, medida condicionada ao trânsito em julgado da sentença, quando esgotados todos os recursos.   

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