MPF pede que bar suspenda show de Mayhem após casos discriminatórios

O Ministério Público Federal (MPF) pediu que a casa noturna Toinha Brasil, localizada em Brasília, suspenda o show da banda norueguesa Mayhem, programado para essa 4ª feira (22.mar). Na ação, a entidade alega que o grupo está envolvido com práticas discriminatórias e pede que a organização devolva os ingressos já comprados.

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"Há evidências de que integrantes e ex-integrantes da banda estão envolvidos com apologias neonazistas, suicídio, canibalismo e assassinato", disse o MPF. Casos de violência, incluindo queima de igrejas, incitação à mutilação e declarações racistas e antissemitas, também estão entre as denúncias.

No documento, a entidade considera que a liberdade de expressão tem um papel fundamental no Estado Democrático de Direito, na medida em que serve de elemento oxigenador do espaço público. A medida, no entanto, não é absoluta, "pois não pode implicar na promoção de discurso de ódio ou ataques a locais públicos e privados".

As acusações contra a Mayhem já fizeram o Bar Opinião, em Porto Alegre, cancelar o show da banda que ocorreria na 3ª feira (21.mar). Diferentemente do caso da Toinha Brasil, a decisão foi tomada após manifestações nas redes sociais contra a apresentação da banda. Pelas redes sociais, a produtora informou que os consumidores serão ressarcidos. 

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"Nos últimos dias fomos surpreendidos com uma enxurrada de informações graves e posts nas redes sociais referentes ao show da banda Mayhem. O Opinião considerou alguns fatos para tomar suas decisões: os movimentos nas redes sociais tanto pró quanto contra o evento, comentários suscitando manifestações no local e imediações do Bar e o potencial risco à integridade física de todos os envolvidos", disse o bar.