MPF dá 10 dias para Chico Rodrigues explicar visita ao território Yanomami
Entidades alegam que ação foi feita sem aval dos órgãos envolvidos nas ações emergenciais
O Ministério Público Federal (MPF) em Roraima solicitou informações sobre a visita do senador Chico Rodrigues (PSB-RR) ao território indígena Yanomami na última 2ª feira (20.fev). Foi concedido o prazo de 10 dias para a resposta, uma vez que a entrada do senador ocorreu sem aval das entidades envolvidas nas ações emergenciais.
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Além do senador, o MPF oficiou a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE-Yanomami) sobre a visita. Segundo a entidade, a medida "visa a identificar os objetivos e atividades da Comissão Temporária Externa na Terra Indígena Yanomami", presidida por Rodrigues.
As visitas ao território Yanomami foram suspensas no início de fevereiro pela Funai, uma vez que a região conta com ações sanitárias emergenciais e a retirada de garimpeiros. Para entrar no território, que registrou centenas de casos e mortes por desnutrição e malária, é preciso solicitar uma permissão para a entidade ou para o COE-Yanomami.
Como presidente da Comissão Externa para Acompanhar a Situação dos Yanomamis e a Saída dos Garimpeiros, visitei a área para analisar de perto a evolução da situação.
? Chico Rodrigues (@senadorchico) February 21, 2023
Em Surucucu, estive no pelotão do Exército e sobrevoei áreas com presença de garimpos.#yanomami #SenadoFederal pic.twitter.com/7pFRtCxUqx
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Como não foi o caso, a visita de Rodrigues à região, que contou com o auxílio do exército, foi criticada por organizações, como o Conselho Indígena de Roraima (CIR). Anteriormente, a entidade já havia repudiado a eleição do senador como presidente da Comissão, alegando que o parlamentar sempre foi a favor do garimpo ilegal.