Alexandre de Moraes suspende busca e apreensão contra diretores da Americanas
Justiça de São Paulo havia tomado a medida a pedido do Bradesco, o maior credor da varejista
Luciano Teixeira
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou nesta 5ª feira (16.fev) a suspensão da apreensão dos e-mails corporativos de todos os diretores, administradores e gestores da Americanas nos últimos 10 anos. A Justiça de São Paulo havia tomado a medida a pedido do Bradesco, o maior credor da varejista.
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Também nesta 5ª, terminou sem acordo a primeira reunião da Americanas com credores para discutir o plano de pagamento das dívidas da varejista, que já chegam a quase R$ 50 bilhões.
Os principais acionistas da empresa sinalizaram um aporte de R$ 7 bilhões, mas a proposta foi considerada insuficiente. O valor da injeção de capital foi oferecido pelos três acionistas majoritários, os bilionários Jorge Paulo Lehmann, Marcel Telles e Carlos Sicupira.
Além dos R$ 7 bi, a Americanas sugeriu a recompra de dívidas da companhia no valor de R$ 12 bilhões e a conversão de um passivo de R$ 18 bilhões em ações, mas os credores pedem um aporte de pelo menos R$ 15 bilhões.
Por enquanto, o caminho da varejista é a falência, isso porque a Americanas precisa entrar em acordo com os maiores credores até 20 de março, prazo final para a apresentação do plano de recuperação judicial.
O Conselho de Administração da Americanas elegeu Leonardo Coelho Pereira como presidente-executivo. O cargo estava vago desde o começo de janeiro. O executivo, que já foi sócio de uma consultoria internacional, é especialista em reestruturação de empresas.
Além disso, a Americanas contratou o Citi para planejar a venda de outras empresas do grupo com o objetivo de ganhar fôlego no caixa. Um dos principais ativos é a rede Natural da Terra, hortifrúti comprado em 2021 por R$ 2,1 bilhões.
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