Torres afirma que não apresentou minuta do golpe para Bolsonaro
Ex-secretário de Segurança do DF disse que considerou documento sem qualquer validade jurídica
O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, prestou depoimento à Polícia Federal nesta 5ª feira (2.fev), e afirmou que não teve conhecimento nem participou da reunião revelada pelo senador Marcos do Val, com participação do ex-presidente Jair Bolsonaro, na qual teria sido tratada uma possível tentativa de golpe de estado.
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Questionado sobre a minuta encontrada em sua casa com uma proposta de imposição de estado de defesa no TSE, Torres afirmou que considerou o documento sem qualquer validade jurídica e o descartaria.
Anderson Torres afirmou também que não pediu a elaboração da minuta, e também não sabe quem a redigiu. O ex-ministro disse ainda que não levou o documento para o ex-presidente Jair Bolsonaro, e que não tomou nenhuma providência, pois não via valor na minuta.
Sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, Torres afirmou que foi avisado dois dias antes sobre a manifestação, mas que não foi informado sobre a possibilidade de ações radicais. O ex-secretário de Segurança do Distrito Federal afirmou também que a pasta não tem funções operacionais, e que aprovou o protocolo de ações integradas elaborado antes dos atos.
Torres está preso desde o dia 14 de janeiro, quando retornou dos Estados Unidos. Esta foi a terceira tentativa de ouvir o ex-ministro. Na primeira, ele ficou em silêncio. Na semana passada - a PF- a pedido da defesa de Torres, chegou a solicitar a oitiva, mas ela foi suspensa por falta de autorização do ministro Alexandre de Moraes.
Anderson Torres é investigado por suspeita de omissão e conivência com os ataques golpistas aos prédios dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. Nesse dia, ele era o titular da Secretaria de Segurança do Distrito Federal, mas havia viajado para os Estados Unidos. Ele teria férias a partir do dia 9.
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