Centrais sindicais pedem bloqueio de R$ 1,53 bi de acionistas da Americanas
CUT, UGT e outras protocolaram Ação Civil Pública na 8ª Vara do Trabalho de Brasília
Guilherme Resck
As centrais sindicais do Brasil protocolaram, nesta 4ª feira (25.jan), uma Ação Civil Pública que pede o bloqueio de R$ 1,53 bilhão na conta pessoal dos três acionistas de referência da Americanas, para garantir os créditos das ações trabalhistas em curso contra a empresa. São quase 17 mil ações na Justiça do Trabalho, representado o montante milionário. Os acionistas são os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.
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A Ação Civil Pública requer ainda que "seja desconsiderada a personalidade jurídica da Americanas S/A e declarada a responsabilidade solidária dos acionistas de referência pelos créditos trabalhistas já constituídos, que estejam em discussão perante à Justiça do Trabalho ou que venham a ser constituídos em decorrência do ato ilícito dos réus [Lemann, Telles e Carlos Alberto Sicupira]. Ato ilícito é como se refere ao rombo financeiro de R$ 20 bilhões da empresa.
Segundo as centrais, por causa da realidade financeira da Americanas, há risco iminente de insolvência e calote nos trabalhadores e, por isso, a Ação Civil Pública foi protocolada. "Busca garantir que o patrimônio pessoal dos acionistas de referência possa ser executado independentemente do processamento da recuperação judicial", pontuam.
"Além da defesa do emprego e dos direitos dos mais de 44 mil empregados do Grupo Americanas, que estão espalhados em mais de 1.700 lojas, a ação também busca garantir que aquelas pessoas que lutam na Justiça do Trabalho para conseguir receber seus direitos não se prejudiquem com o processo de recuperação judicial ou com eventual falência", complementam, em nota.
A ação foi ajuizada na 8ª Vara do Trabalho de Brasília. Entraram com ela a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Força Sindical (FS), a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), a Confederação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs-CUT) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC).
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