PGR já denunciou 103 golpistas por invasão às sedes dos Três Poderes
Mais cinco pessoas foram acusadas nesta 4ª feira ao STF, por serem executores das depredações no dia 8 de janeiro
Ricardo Brandt
O Grupo Estratégico da Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta 4ª feira (25.jan) mais cinco pessoas que participaram da invasão às sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro. Os cinco são acusados de depredação e vandalismo no prédio da Câmara dos Deputados e estão presos em Brasília, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
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É o quarto pacote de denúncias apresentado pela PGR, desde a semana passada. Ao todo foram acusados formalmente, até esta 4ª feira, 103 golpistas envolvidos nos atos de invasão aos prédios do Planalto, do Congresso e do STF. Eles estão presos preventivamente por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo.
Os denunciados desta 4ª feira são acusados por cinco crimes:
- Tentativa de abolir, com grave ameaça ou violência, o Estado Democrático de Direito;
- Golpe de Estado;
- Dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima;
- Deterioração de patrimônio tombado;
- Associação criminosa armada.
Segundo a PGR, os cinco novos denunciados são do núcleo dos "executores materiais dos atos antidemocráticos".
As denúncias criminais da PGR contra os 1,4 mil golpistas detidos no Distrito Federal depois da invasão aos Três Poderes dividem os acusados em quatro grupos: o dos autores intelectuais dos ataques, das autoridades envolvidas na suposta omissão, os financiadores e os executores dos atos de vandalismo e depredação.
Nas denúncias assinadas pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, o Ministério Público Federal (MPF) pediu a manutenção das prisões e outras medidas cautelares de restrições, como bloqueio de bens e de dados digitais e postagens em redes sociais da internet.
Denúncias
O primeiro pacorte de denúncias do Grupo Estratético de Combate aos Atos Antidemocráticos do MPF, 39 golpistas foram acusados. No segundo pacote foram mais cinco. Na semana passada, o terceiro pacote acusou outros 54 golpistas. Um toral de 103 processados.
As acusações destacam que os acusados "se associaram, por meio de convocações e grupos em redes sociais e aplicativos de mensagens, para praticar atos contra o Estado Democrático de Direito".
Em comum, todos teriam agido "com emprego de violência e grave ameaça" para "abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos Poderes Constitucionais".
"Além disso, ao praticar os atos, os denunciados teriam tentado depor, por meio de violência e grave ameaça, o governo legitimamente constituído, de modo a instalar um regime de governo alternativo, produto da abolição do Estado Democrático de Direito."
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