Joaquim Barbosa critica fala de Mourão contra Lula: "Hipocrisia"
Ministro aposentado defendeu troca no Exército e disse que péssimo seria a "continuação da baderna"
Lis Cappi
O ministro aposentado Joaquim Barbosa, que foi presidente do Supremo Tribunal Federal, criticou fortemente as declarações do ex-vice-presidente Hamilton Mourão sobre a troca do comando do Exército Militar. Em publicações feitas neste domingo (22.jan), Barbosa afirmou que Mourão foi hipócrita ao declarar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quis alimentar a crise no Exército com a mudança de liderança.
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"Senhor Hamilton Mourão. Poupe-nos da sua hipocrisia, do seu reacionarismo, da sua cegueira deliberada e do seu facciosismo político! Fatos são fatos! Mais respeito a todos os brasileiros", escreveu Barbosa no início da mensagem. "´Péssimo para o país´ seria a continuação da baderna", completou.
O antigo antigo magistrado ainda disse que militares inspiraram e toleraram tolerou insubordinações, e sugeriu que Mourão, agora senador eleito pelo Republicanos do Rio Grande do Sul, aprenda "pela primeira vez alguns rudimentos de democracia". Leia as publicações:
Ora, ora, senhor Hamilton Mourão. Poupe-nos da sua hipocrisia, do seu reacionarismo, da sua cegueira deliberada e do seu facciosismo político! Fatos são fatos! Mais respeito a todos os brasileiros! "Péssimo para o país" seria a continuação da baderna, da "chienlit" e
? Joaquim Barbosa (@joaquimboficial) January 22, 2023
da insubordinação claramente inspirada e tolerada por vocês, militares. Senhor Mourão, assuma o mandato e aproveite a oportunidade para aprender pela primeira vez na vida alguns rudimentos de democracia! Não subestime a inteligência dos brasileiros!
? Joaquim Barbosa (@joaquimboficial) January 22, 2023
As afirmações de Barbosa vieram seguidas de um destaque ao comentário do político dado em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. Ao falar sobre a troca de comandantes do Exército, o ex-vice-presidente disse que Lula quer alimentar uma crise por ter mudado os líderes do grupo militar.
O petista exonerou o general Júlio César de Arruda e definiu que o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva o substitua no cargo. A mudança veio na mesma semana em que dezenas de militares foram afastados de posições de segurança em espaços do governo, como o Palácio do Planalto. As demissões foram vistas como forma de desconfiança do petista após invasões aos Poderes no último dia 8 de janeiro.