"Democracia impõe respeito ao resultado das urnas", diz Barroso
Ministro do STF foi chamado de "vagabundo" e "ladrão" e deixou restaurante escoltado por policiais
Rafaela Vivas
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi hostilizado e xingado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) na noite desta 5ª feira (4.nov), em Porto Belo, Santa Catarina, quando jantava ao lado de amigos. O magistrado teve que deixar o restaurante sob escolta policial.
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Os protestos começaram do lado de fora do estabelecimento, quando manifestantes -- vestidos de verde e amarelo -- que participavam de bloqueios de estradas, ao avistar Barroso, começaram a xingá-lo de "vagabundo", "lixo" e "ladrão". Para evitar confronto entre polícia e manifestantes, Barroso se retirou do local.
Ao retornar para a casa onde estava hospedado, o ministro do Supremo se deparou com novas manifestações. Os presentes entoaram palavras de ordem contra o STF, cantaram o Hino Nacional e voltaram a xingar Barroso.
Como resposta aos episódios, em nota, o gabinete do ministro afirmou que "a democracia comporta manifestações pacíficas de inconformismo, mas impõe a todos os cidadãos o respeito ao resultado das urnas. O desrespeito às instituições e às pessoas, assim como as ameaças de violência, não fazem bem a nenhuma causa e atrasam o país, que precisa de ordem e paz para progredir".
