PRF apresenta explicações ao Ministério Público por ações em bloqueios
Polícia Rodoviária justificou conduta por suposta omissão de agentes contra protestos em rodovias
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Quatro diretores da Polícia Rodoviária Federal se reuniram nesta 5ª feira (3.nov) com procuradores do Ministério Público Federal (MPF) que investigam os casos de fechamento de rodovias do país e possíveis financiamentos de protestos.
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Dos nove procuradores do MPF que fazem parte do grupo de investigação, cinco deles estiveram presentes no encontro: Frederico Paiva, Anna Carolina Resende Maia, Luciana Loureiro, Felipe Fritz e João Gabriel de Queiroz.
Na reunião, os procuradores questionaram o atual estágio de obstrução das rodovias, relatos de suspostas omissões de agentes da PRF e à apuração de possíveis financiamentos do movimento.
Segundo o MPF, os dirigentes da PRF responderam que vêm tomando as medidas para extinguir os bloqueios remanescentes no território nacional. Eles informaram que a recente liberação de recursos orçamentários viabilizou a movimentação de efetivo adequado, pontuaram que foram realizadas 41 prisões no país relacionadas ao movimento e que trabalham na identificação de eventuais lideranças envolvidas.
Os esclarecimentos foram apresentados pelo diretor executivo -- substituto do Diretor-Geral --, Marco Antônio Territo de Barros, o diretor de operações, Djairlon Moura, o diretor de inteligência, Luís Carlos Reischak Júnior e o corregedor-geral e de controle interno, Wendel Benevides Matos. O diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, não foi ao encontro.
Na 4ª feira, o Ministério Público Federal requisitou a instauração de inquérito policial para investigar as condutas adotadas pelo diretor-geral da PRF, Silvanei Vasques. O pedido tramita sob regime de urgência.
O inquérito policial investiga se os bloqueios de veículos realizados pela PRF em estradas, principalmente na região Nordeste, no dia da votação, respeitaram a legislação e se não constituíram ofensa ao livre exercício do direito de voto pelos cidadãos abordados. O MPF quer saber se as blitze praticadas pela polícia não atenderam à ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e teriam sido executadas sob orientação de ofício expedido pelo diretor-geral da PRF.
Também é apurado se houve omissão do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal em relação aos bloqueios criminosos de rodovias que estão ocorrendo em todo o país desde a divulgação do resultado das eleições