Caso Miguel: Sari Corte Real é condenada a oito anos e meio de prisão
Menino de 5 anos caiu do 9º andar de um prédio de luxo no Recife
Guto Abranches
A Justiça de Pernambuco condenou a oito anos e meio de prisão a ex-primeira dama do município de Tamandaré, no interior do Estado, Sari Corte Real. A acusação é abandono de incapaz com resultado morte, e se refere ao caso que teve como consequência a morte do menino Miguel Otávio Santana da Silva, então com 5 anos de idade.
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O caso
A morte do menino aconteceu em um prédio de luxo em Recife, em junho de 2020. A mãe da criança, Mirtes Renata de Souza, era empregada de Sari e tinha descido para passear com o cachorro da família. O menino ficou no interior do apartamento supostamente sob os cuidados da ex-patroa.
Segundo o laudo pericial de 82 páginas, no entanto, Miguel saiu do apartamento e entrou no elevador cinco vezes, sempre observado por Sari. Na última vez, ela aperta o botão da cobertura e deixa o menino sozinho. Miguel terminou caindo do 9º andar do prédio e não sobreviveu.
Em depoimento, Sari alegou que teria simulado que tinha apertado o botão para que o menino saísse do elevador. O Ministério Público alegou que ela não poderia ter se sujeitado a atender a vontade da criança, que não tinha condições de estar sozinha no elevador.
De acordo com a decisão do juiz José Renato Bizerra, titular da 1ª Vara dos Crimes contra a Criança e o Adolescente da Capital, Sari irá cumprir a pena em regime fechado. A sentenciada tem o direito de recorrer em liberdade.
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