Caso Evaldo Rosa: após dois anos e meio, julgamento é iniciado
O cantor e um catador de latinhas foram mortos com 62 disparos de fuzil e pistola do Exército

SBT News
Doia anos e meio e quatro adiamentos depois, a Justiça Militar inicia o julgamento, nesta 4ª feira (13.out), de 12 militares acusados da morte do músico Evaldo dos Santos Rosa e do catador de latinhas Luciano Macedo em 8 de abril de 2019.
Naquela tarde de domingo, os militares deram 257 tiros de fuzil contra o veículo de Evaldo, que estava indo para um chá de bebê com a família. O carro foi atingido por 62 disparos de fuzil e pistola. O músico foi atingido por nove tiros.
Já Luciano, catador que estava perto do local onde Evaldo foi fuzilado, tentou socorrer o músico e também foi atingido. Luciano morreu alguns dias depois, no hospital.
O julgamento, marcado para às 9h desta 4ª feira (13.out), vai analisar o que houve na tarde do crime. Os militares são acusados de duas tentativas de homicídio contra os parentes de Evaldo que estavam no veículo e por omissão de socorro. No carro estavam o músico, o sogro dele, Sérgio Gonçalves de Araújo, o filho de 7 anos, a esposa e uma amiga da família. Destes, além de Evaldo, somente o sogro foi baleado, mas sobreviveu.
O Ministério Público Militar (MPM) pediu a Justiça a condenação de oito dos 12 militares, são eles:
- tenente Ítalo da Silva Nunes
- sargento Fábio Henrique Souza Braz da Silva
- cabo Leonardo Oliveira de Souza,
- soldado Gabriel Christian Honorato
- soldado Matheus Sant?Anna
- soldado Marlon Conceição da Silva
- soldado João Lucas da Costa Gonçalo
- soldado Gabriel da Silva de Barros Lins
Para os outros quatro, que alegaram não ter efetuado nenhum tiro, o MPM pede a absolvição. São eles: cabo Paulo Henrique Araújo Leite, soldado Wilian Patrick Pinto Nascimento, soldado Vitor Borges de Oliveira e soldado Leonardo Delfino Costa. Evaldo e Luciano morreram durante operação de ocupação da comunidade do Muquiço, no Rio de Janeiro, que ocorreu entre fevereiro e junho de 2019.
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