MPF pede ao STF revogação da prisão domiciliar de Geddel Lima
Ex-ministro foi condenado a 14 anos de prisão por lavagem de dinheiro e associação criminosa
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O Ministério Público Federal (MPF) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma petição que requer a revogação da prisão domiciliar do ex-ministro Geddel Vieira Lima. Por ter testado positivo para a covid-19 em julho do ano passado e ser portador de comorbidades, o STF converteu a execução da pena pelo ex-ministro em prisão domiciliar humanitária com monitoração eletrônica.
Na avaliação da subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, "passado mais de um ano desde a concessão da prisão domiciliar, tem-se por presumível que Geddel Quadros Vieira Lima tenha sido vacinado contra a covid-19, tanto em razão de sua idade quanto por ser portador de comorbidades". Ela acrescenta que a população carcerária consta como grupo prioritário no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19.
Em parecer enviado ao Supremo, em agosto de 2020, o MPF destacou que o ex-ministro já tinha apresentado resultado negativo para a doença, colocando fim ao fato que ensejou a concessão da prisão domiciliar. "Há de ser restaurado, pois, o status quo ante à liminar deferida pela presidência do STF na PET 8.998/DF, para que se retome o regular cumprimento da sanção penal que foi imposta ao apenado nestes autos", disse o MPF.
O ex-ministro Geddel Vieira Lima e o seu irmão, o ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima, foram condenados pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Os políticos foram denunciados em dezembro de 2017 pela Procuradoria-Geral da República (PGR) após a Polícia Federal encontrar, em setembro do mesmo ano, mais de R$ 51 milhões em dinheiro vivo em um apartamento em Salvador. Geddel pegou pena de 14 anos e 10 meses e Lúcio, de 10 anos e 6 meses de reclusão em regime fechado.