Aras rejeita investigar Bolsonaro por cheques de Queiroz a Michelle
Segundo Aras, não há evidências de crimes cometidos pelo presidente da República
O procurador-geral da República, Augusto Aras, rejeitou a abertura de uma investigação contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), a respeito dos cheques depositados pelo ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) à primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Segundo Aras, não há motivos para que o pedido feito pelo advogado Ricardo Bretanha Schmidt, com base em matérias publicadas na imprensa, tenha continuidade. "É notório que as supostas relações espúrias entre o Senador Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz, seu ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, foram objeto de oferecimento de denúncia, na primeira instância, em desfavor de ambos e de outras pessoas supostamente envolvidas nos crimes correlatos", diz trecho do despacho.
Em seguida, Aras pondera que as investigações não apontaram vestígios de "cometimento de infrações penais pelo Presidente da República". Para o PGR, os indícios contra Bolsonaro são o "inidôneos, por ora, para ensejar a deflagração de investigação criminal, face à ausência de lastro probatório mínimo".
Entenda o caso
O pedido de investigação foi feito em agosto de 2020 por Ricardo Bretanha Schmidt, advogado de Santa Catarina, ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em notícia-crime, o jurista citou reportagens que apontavam que Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, teria depositado 21 cheques, no valor total de R$ 72 mil, na conta bancária de Michelle Bolsonaro.
Os depósitos foram realizados entre os anos de 2011 e 2016.