Diálogo mostraria ação para denunciar Lula e filho em compra de caça
Mensagens trocadas por procuradores são usadas pela defesa do ex-presidente em ação
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Diálogos trocados entre procuradores que integravam a força-tarefa da operação Lava Jato entre 2016 e 2017 mostrariam estratégias usadas para denunciar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o filho Luis Cláudio Lula da Silva na ação que investigou a compra de caças pela Força Aérea Brasileira (FAB), no governo Dilma Rousseff. As apurações fizeram parte da operação Zelotes, deflagrada em março de 2015.
Nas mensagens, o procurador Paulo Roberto Galvão discute com Frederico de Carvalho Paiva, coordenador da Zelotes no MPF do Distrito Federal, a possibilidade de atrelar denúncias de tráfico de influência que envolveram Luis Cláudio e a consultoria de Mauro Marcondes, apontado como lobista do PT a dois cenários de corrupção: aprovação de medidas provisórias que beneficiaram o setor automotivo e a compra de caças suecos pela FAB.
"É praticamente impossível achar o agente público neste caso. E particularmente, acho que o pagamento de R$ 2,5 milhões de Mauro Marcondes a Luís Cláudio Lula da Silva é uma retribuição pela edição da MP 627, que prorrogou o incentivo fiscal das empresas Mitisubishi e CAOA por mais 5 anos. Anoto que Mauro recebeu R$ 8,5 milhões de cada uma destas empresas em 2014, ano da conversão da MP em lei. Em suma, não vejo correlação com os caças.", disse o promotor Paiva na troca de mensagens com Galvão.
Mesmo assim, Lula e o filho se tornaram réus na operação Zelotes que uniu as duas acusações. Um dos lobistas apontados como peça-chave do processo foi absolvido em julgamento realizado no ano passado.
Os diálogos ocorreram entre 20116 e 2017 e foram obtidos por hackers, investigados pela operação Spoofing da Polícia Federal. A defesa do ex-presidente Lula teve acesso aos diálogos e os anexou em processo que pede a suspeição do ex-juiz Sergio Moro.
Nas mensagens, o procurador Paulo Roberto Galvão discute com Frederico de Carvalho Paiva, coordenador da Zelotes no MPF do Distrito Federal, a possibilidade de atrelar denúncias de tráfico de influência que envolveram Luis Cláudio e a consultoria de Mauro Marcondes, apontado como lobista do PT a dois cenários de corrupção: aprovação de medidas provisórias que beneficiaram o setor automotivo e a compra de caças suecos pela FAB.
"É praticamente impossível achar o agente público neste caso. E particularmente, acho que o pagamento de R$ 2,5 milhões de Mauro Marcondes a Luís Cláudio Lula da Silva é uma retribuição pela edição da MP 627, que prorrogou o incentivo fiscal das empresas Mitisubishi e CAOA por mais 5 anos. Anoto que Mauro recebeu R$ 8,5 milhões de cada uma destas empresas em 2014, ano da conversão da MP em lei. Em suma, não vejo correlação com os caças.", disse o promotor Paiva na troca de mensagens com Galvão.
Mesmo assim, Lula e o filho se tornaram réus na operação Zelotes que uniu as duas acusações. Um dos lobistas apontados como peça-chave do processo foi absolvido em julgamento realizado no ano passado.
Os diálogos ocorreram entre 20116 e 2017 e foram obtidos por hackers, investigados pela operação Spoofing da Polícia Federal. A defesa do ex-presidente Lula teve acesso aos diálogos e os anexou em processo que pede a suspeição do ex-juiz Sergio Moro.
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