STJ abre inquérito para investigar Lava Jato; procuradores falam em "afronta"
O inquérito será conduzido pelo ministro Humberto Martins e tramitará em sigilo
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Na sexta-feira (19.fev), o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, iniciou o inquérito na Corte para apurar criminalmente a atuação da Lava Jato.
Em ofício, o ministro aponta a motivação da investigação como "tentativa de intimidação e investigação ilegal" e "violação da independência jurisdicional dos magistrados". Essas são hipóteses levantadas após a divulgação de mensagens trocadas entre procuradores ligados à Operação Lava Jato, na Operação Spoofing.
Faz parte da Operação Spoofing, o compartilhamento de mensagens obtidas através de um hacker de conversas entre procuradores da Operação Lava Jato e o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro.
O inquérito será conduzido por Humberto Martins e tramitará em sigilo.
Em resposta à abertura do inquérito, a ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) emitiu uma nota pública sobre o caso e apontou que "recebeu com incredulidade a notícia".
A Associação é contra o pedido e alega que a "iniciativa afronta a titularidade de apuração do Ministério Público e solapa, também, a própria garantia de imparcialidade do Poder Judiciário".
A descredibilidade, segundo a ANPR, também acusa as provas que motivaram a abertura do inquérito por parte do ministro Humberto Martins.
Após o posicionamento da ANPR, na noite desta sexta-feira (19.fev), o ministro não se pronunciou.
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Em ofício, o ministro aponta a motivação da investigação como "tentativa de intimidação e investigação ilegal" e "violação da independência jurisdicional dos magistrados". Essas são hipóteses levantadas após a divulgação de mensagens trocadas entre procuradores ligados à Operação Lava Jato, na Operação Spoofing.
Faz parte da Operação Spoofing, o compartilhamento de mensagens obtidas através de um hacker de conversas entre procuradores da Operação Lava Jato e o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro.
O inquérito será conduzido por Humberto Martins e tramitará em sigilo.
Outro lado
Em resposta à abertura do inquérito, a ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) emitiu uma nota pública sobre o caso e apontou que "recebeu com incredulidade a notícia".
A Associação é contra o pedido e alega que a "iniciativa afronta a titularidade de apuração do Ministério Público e solapa, também, a própria garantia de imparcialidade do Poder Judiciário".
A descredibilidade, segundo a ANPR, também acusa as provas que motivaram a abertura do inquérito por parte do ministro Humberto Martins.
"A abertura da investigação em tela se constitui em provas manifestamente ilícitas, obtidas por meios criminosos, por meio de hackers já identificados e processados, as quais se encontram desprovidas, ainda, de perícia que ateste a sua integridade-autenticidade e da indispensável cadeia de custódia".
Após o posicionamento da ANPR, na noite desta sexta-feira (19.fev), o ministro não se pronunciou.
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