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Justiça

Justiça mineira condena seis engenheiros por queda de viaduto

O desabamento matou duas pessoas e deixou outras 23 feridas, em Belo Horizonte, em julho de 2014

Imagem da noticia Justiça mineira condena seis engenheiros por queda de viaduto
Viaduto Batalha dos Guararapes apresenta rachaduras após desabamento em 2014 (Divulgação/TJMG)
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A Justiça mineira condenou seis engenheiros pela queda de um viaduto na Avenida Pedro I, na região norte de Belo Horizonte, que ocorreu durante a realização da Copa do Mundo no Brasil, em 3 de julho de 2014. A decisão de primeira instância, emitida nesta sexta-feira (18), aponta cinco responsáveis por crime culposo e um por crime doloso.

Entre os condenados, estão diretores, coordenador técnico e engenheiros das construtoras encarregadas da obra, além de supervisor, diretor e secretário de obras e insfraestrutura da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), que faz a gestão do setor no município.

As penas para os que cometeram crime culposo variam de 2 anos e 7 meses a 3 anos e 1 mês de prisão, mas todos podem substuí-las por restrições de direitos, se pagarem o valor em dinheiro de 200 salários mínimos para as famílias das vítimas fatais e mais 50 salários mínimos para cada pessoa lesionada no caso.

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O condenado por crime doloso, por sua vez, terá de passar 4 anos e 8 meses na prisão, pois fiscalizava a construção e foi avisado de estalos antes da queda. Ainda no processo, outras duas pessoas foram absolvidas por falta de provas, duas tiveram a punibilidade extinta por terem morrido antes do julgamento, e uma será julgada na Bolívia por ser cidadã e moradora do país.

Na ocasião do desabamento, há mais de seis anos, duas pessoas morreram e outras 23 ficaram feridas, entre operários da obra e passageiros de um micro-ônibus atingido. Como motivos para o ocorrido, o Ministério Público (MP) aponta, por exemplo, erros e omissões grosseiras, descaso com o dinheiro público e irresponsabilidade de quem devia zelar pela segurança.

A juíza que assina a sentença de hoje, Myrna Monteiro Souto, proibiu ainda os seis condenados de exercerem a profissão, enquanto as penas valerem, e o secretário da Sudecap de exercer cargo público.
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