Mãe luta para enterrar filho que morreu há três meses no Rio
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Por causa de um erro na certidão de nascimento do bebê, a justiça não autoriza o sepultamento. Adriana Santos de Assis não chegou a conhecer o primeiro filho. Além da dor da perda, ela sofre por não conseguir enterrar a criança.
O drama de Adriana já dura três meses. O menino nasceu e morreu no hospital municipal em Acari, zona norte do Rio. Desde então o corpo do recém nascido continua no necrotério da unidade. Um erro na data de registro feito pelo hospital gerou todo problema.
O menino nasceu no dia 11 de janeiro deste ano, mas o registro feito pelo hospital foi preenchido com o ano de 2011. O cartório repetiu o erro na certidão de nascimento. Na certidão de óbito, o ano estava correto. Mas na hora de emitir a guia de sepultamento, a justiça não aceitou. O hospital chegou a emitir uma declaração, mas não foi suficiente. Agora as advogadas voluntárias da comunidade onde Adriana vive, tentam provar o erro.
Adriana não consegue esquecer os momentos de pânico vividos dentro do hospital. Ela conta que foi deixada sozinha dentro da sala de parto. Quando as enfermeiras voltaram, uma hora depois, o bebê tinha nascido. A criança morreu de asfixia e pneumonia.
Na semana passada, Roberto de Souza levou nove meses para conseguir enterrar o irmão. Uma sucessão de erros, desde a falta de documentos até a troca do nome do cemitério, fez a família recorrer três vezes à justiça.
No caso de Adriana, ela espera um caminho mais curto. Mas ainda tem uma outra missão difícil. Se desfazer do enxoval, que estava pronto para receber o pequeno José.
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