MP investiga ações da PM na Operação Escudo, na Baixada Santista
Com 24 mortes em um mês, força-tarefa apura denúncias de excessos e ilegalidades em intervenção da polícia paulista
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O MInistério Público Estadual, em São Paulo, apura as denúncias feitas por entidades e por moradores da Baixada Santista de excessos e ilegalidades nas ações policiais da Operação Escudo. Iniciada há pouco mais de um mês, em reação à morte de um policial militar, pelos menos 24 pessoas morreram, desde que a as forças de segurança ocuparam a região.
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A Promotoria paulista montou uma força-tarefa para apurar as ações, por decisão do procurador-geral de Justiça, Mário Sarrubbo. Os promotores receberam os relatos e notícias de ações violentas da Polícia Militar, parte das imagens das câmeras de segurança dos agentes, laudos periciais, depoimentos e têm analisado os dados.
A Ouvidoria da Polícia de São Paulo, a Defensoria Pública do Estado e da União, o Conselho dos Direitos Humanos e outras entidades têm recebido relatos de abusos. Elas cobram do governo paulista a interrupção da operação - que não tem data para acabar - e apurção sobre os abusos.
Baixada dominada
A ocupação da Baixada Santista começou em 28 de julho, no Guarujá, em reação à morte do PM Patrick Bastos Reis, um dia antes. Um policial federal também foi atingido de raspão, na cabeça, em uma ação na Baixada Santista, no dia 15 de agosto.
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Desde o fim de julho, cerca de 600 policiais ocuparam as áreas de domínio do tráfico de drogas e do crime organizado na Baixada Santista, em especial em Guarujá e Santos, com ações constantes e presença ostensiva.
Mais de 740 pesssoas foram presas e 24 morreram. As mortes, segundo a polícia, ocorreram em confrontos. Foram 22, registra o balanço de 30 dias da operação, divulgado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública há uma semana.
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"Durante os 30 dias de operação e as centenas de prisões, em 22 abordagens os suspeitos reagiram, entraram em confronto com os policiais e acabaram morrendo. Todos estes casos são investigados pela Deic (Departamento de Investigação Criminal) de Santos, com apoio de equipes do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa)", informa a SSP.
"Com o reforço de cerca de 600 homens de todos os batalhões do Estado, a operação teve início em 28 de julho, um dia após o soldado Reis ser morto por criminosos durante incursão a uma comunidade. Ele e seu colega, que também foi baleado, faziam patrulhamento pela operação Impacto Litoral, desencadeada em junho para combater os altos índices de criminalidade e a forte incidência do tráfico de drogas naquela região", Secretaria Estadual de Segurança Pública de SP.
A secretaria informou ainda que "logo nos primeiros dias de operação, as forças de segurança conseguiram identificar e prender todos os envolvidos na morte do policial, apesar da forte reação dos criminosos".
O MP paulista denunciou criminalmente à Justiça três homens que teriam sido autores do assassonado do PM, no dia 8 de agosto. A denúncia acusa também tentativa de homicídio contra três outros policiais e por tráfico de drogas.
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