DF: Homem invade hospital e atira 6 vezes contra ex-companheira
Suspeito foi preso, e vítima está internada em estado grave; ela já tinha medida protetiva contra ele
Soane Guerreiro
Foi preso, no último domingo (28.mai), em Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal, o homem que invadiu um hospital particular e atirou seis vezes contra a ex-companheira. A tentativa de feminicídio foi flagrada por câmeras de segurança da unidade de saúde.
Nas imagens, o homem aparece correndo pelos corredores e, logo em seguida, dispara contra a vítima, que estava trabalhando no atendimento de emergência. O autor dos disparos é Cleuson de Souza Silva, de 43 anos.
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O agressor fugiu após o crime, mas foi encontrado, horas depois, pela polícia, em um ponto de ônibus. "Quando a gente abordou, a gente conseguiu também, em uma sacola preta, a arma. Tinha oito munições intactas e como se não tivesse sido disparado. Ele possivelmente trocou as munições", esclarece o major Michello, do Centro de Comunicação Social da Polícia Militar do DF.
Pelo menos 4 tiros atingiram a vítima, que foi internada no próprio hospital onde trabalha, e segue internada em estado grave, porém, estável. Uma pessoa que teria ajudado na fuga de Cleuson continua foragida.
A mulher, de 47 anos, já tinha denunciado agressões em 2020. Na época, o homem chegou a ser preso, mas foi liberado na audiência de custódia. A atendente perdoou o ex-companheiro e continuou o relacionamento.
No mês passado, ela decidiu terminar de vez e passou a receber ameaças de Cleuson. A vítima tinha conseguido uma medida protetiva contra ele, que deveria manter 300 metros de distância da ex-namorada.
Nos quatro primeiros meses de 2023, foram registrados 24 casos de tentativa de feminicídio no Distrito Federal. A delegacia de atendimento à mulher alerta para os primeiros sinais de violência.
"Ela não tem que aceitar nenhum xingamento da parte do seu companheiro, nem isso. Algumas mulheres, infelizmente, vão perdoando, né? Só que, se ela for aceitando esse tipo de situação, ela pode vir a ser vítima de uma crime mais grave", pondera a delegada Letízia de Lourenço.
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