Policiais que investigavam desaparecimento de colega são assassinados em SP
Desaparecimento já dura dois meses; traficante é suspeito de envolvimento nos crimes
SBT News
O SBT Brasil tem acompanhado a investigação sobre o sumiço de um policial civil, na Grande São Paulo. Um caso que se arrasta há dois meses. Dois ex-policiais militares, amigos do policial civil, foram assassinados enquanto tentavam investigar o desaparecimento. Um traficante é suspeito de envolvimento nos crimes.
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Os corpos dos primos e ex-policiais militares Fabio Datilo e Marcelo da Silva Datilo foram encontrados em uma área de mata em Itaquaquecetuba, na cidade da Grande São Paulo.
Os dois foram torturados antes de serem mortos a tiros. Fabio e Marcelo eram amigos do policial Thiago Devides Marcondes, de 41 anos, que está desaparecido há mais de dois meses. Os dois ajudavam a família de Thiago nas buscas e estiveram na divisão de desaparecidos da Polícia Civil dias antes de serem assassinados. Com medo, a mulher de Thiago saiu da casa onde mora e até da cidade.
"Eles foram vítimas, igual o Thiago foi, estavam lutando por justiça e isso me deixa muito indignada, porque a gente perdeu duas pessoas e, três, né, na verdade, porque o Thiago até agora a gente não sabe o que aconteceu com ele. Agora são três famílias chorando", diz Elinete Devides de Lima, esposa do policial civil.
O policial civil foi visto pela última vez no dia 16 de fevereiro. Ele aparece nas imagens de um posto de combustíveis em Poá, na Grande São Paulo. Thiago deixou o carro e entrou em outro veículo que estava o policial militar Gilberto Antunes Xavier, 46 anos, depois disso, Thiago não foi mais visto. O PM passou a ser procurado pela polícia e também sumiu. A ex-mulher dele fez um boletim de ocorrência de desaparecimento que não convenceu ninguém. A Justiça decretou a prisão de Gilberto.
O que parecia ser o desaparecimento de um policial se transformou em uma saia justa para o Governo de São Paulo. Além das mortes, a investigação escancarou um esquema de corrupção que envolve as polícias civil e militar.
De acordo com as investigações, Gilson Alves da Silva, conhecido como Galego, está por trás de tudo. Segundo a polícia, ele tem envolvimento com o tráfico de drogas. Uma operação para tentar prendê-lo chegou a ser feita, mas o Galego não foi encontrado.
Policiais fizeram uma busca em uma mansão na Riviera de São Lourenço, no litoral paulista, que é de Galgo. Em outra casa dele, em um condomínio em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, foram apreendidos dois carros de luxo e joias.
O que ainda precisa ser explicado é o motivo do desaparecimento do policial civil e das mortes dos ex-PMs. Se isso aconteceu porque eles cumpriam seu papel ou se pagaram o preço por terem passado para o outro lado.
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