Otan descarta mediação da China nas negociações de guerra: "sem credibilidade"
Chefe da aliança militar também advertiu país sobre possível fornecimento de armas à Rússia
Camila Stucaluc
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, descartou, nesta 6ª feira (24.fev), as mediações da China nas negociações de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia. Durante visita à Estônia, o político afirmou que o país não tem "muita credibilidade", uma vez que não foi capaz de condenar a invasão ilegal russa.
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"Pequim também assinou poucos dias antes da invasão um acordo entre o presidente Xi [Jinping] e o presidente [Vladimir] Putin sobre uma parceria ilimitada com a Rússia. O apoio militar hoje é o caminho para alcançar um acordo pacífico amanhã", disse Stoltenberg.
O chefe da aliança militar ainda advertiu a China sobre o possível fornecimento de armas à Rússia. Segundo ele, caso o país realize a ação, seria equivalente a apoiar a guerra, violando a Carta da Organização das Nações Unidas (ONU). "Estamos monitorando de perto o que a China está fazendo. O envio de armas seria um grande erro", frisou.
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A Otan não é a única preocupada com a relação entre China e Rússia. Na 4ª feira (22.fev), autoridades norte-americanas alertaram para consequências caso Pequim fortaleça os laços com Moscou. A declaração foi feita um dia após Putin se encontrar com o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi.