Publicidade
Jornalismo

Covid pode deixar sequelas neurológicas até 1 ano após infecção, diz estudo

Pesquisa, que avaliou dados de 150 mil pacientes, indica risco até em casos leves da doença

Imagem da noticia Covid pode deixar sequelas neurológicas até 1 ano após infecção, diz estudo
leito de covid
• Atualizado em
Publicidade

Um estudo, realizado nos Estados Unidos, reforçou o risco de comprometimento neurológico em até um anos após a infecção pelo novo coronavírus. A pesquisa avaliou dados de 150 mil pacientes que tiveram desde quadros leves aos mais graves da doença.

Cientistas observaram que, apesar de existirem até mesmo em pessoas que tiveram poucos sintomas da covid-19, as sequelas são mais intensas em pacientes que chegaram a ser entubados, idosos com comorbidades ou imunossuprimidos.

As complicações pós-infecção incluem uma série de problemas neurológicos, como acidente vascular cerebral, distúrbios sensoriais, de cognição do sistema nervoso, aumento de dores de cabeça, encefalite, convulsões e até distúrbios no músculo e esqueleto, que podem deixar a pessoa com problemas de movimento.

"O derrame cerebral, até 50%  de aumento desse risco. O risco de uma pessoa ter problema de memória depois da covid aumenta em 70%; e o risco de epilepsia e convulsão aumenta em 80%", acrescenta a médica epidemiologista e vice-presidente do Instituto Sabin, Denise Garrett.

Segundo os especialistas, a chamada síndrome pós-covid também tem aumentado os casos de depressão, ansiedade e perda de memória. A boa notícia, de acordo com os médicos, é que a maior parte dessas sequelas desaparece no longo prazo, dependendo da gravidade da infecção.

"Eu queria deixar claro que não são todas as pessoas que têm covid que ficam com alguma sequela, é a minoria das pessoas, mas dentro de uma gama grande da população que apresentou covid. Não é desprezível esse risco", explica o médico Raphael Ribeiro Spera, que integra o Grupo de Neurologia Cognitiva do Hospital do Câncer.

Por isso, para evitar qualquer tipo de comprometimento, a dica é continuar a se prevenir. "Não é uma gripe, temos que continuar [a se prevenir]. A covid não acabou, temos que continuar nos protegendo... máscara, uma medida muito simples; máscara em ambientes fechados; em ambientes abertos a contaminação é muito baixa, e manter a vacinação em dia", concluiva epidemiologista Denise Garrett.

Leia também:

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade