Ucrânia tira nome de Lula de lista de acusados de promover propaganda russa
Ex-presidente brasileiro era acusado pelo governo da Ucrânia de dar declarações pró-Rússia
Giovanna Colossi
A Ucrânia retirou o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à Presidência da República nas eleições deste ano, da lista de "oradores que promovem narrativas consonantes com a propaganda russa". A Ucrânia e a Rússia estão em guerra desde 24 de fevereiro deste ano, quando o segundo país invadiu o vizinho. A lista em que constava o nome de Lula foi publicada pelo Centro de Combate à Desinformação, do Conselho de Segurança e Defesa Nacional ucraniano.
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Além dele, 75 pessoas -- de diferentes países -- foram incluídas nela. O governo da Ucrânia justificava a presença do ex-presidente brasileiro, único brasileiro na listagem, citando duas declarações atribuídas ao petista: "A Rússia deve liderar a nova ordem mundial'"; e "Esse cara [o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelesnky] é tão responsável [pela guerra] quanto o Putin".
A segunda foi dada em entrevista a revista norte-americana Time; após a divulgação, em maio deste ano, o principal conselheiro de Zelensky, Mykhailo Podolyak, utilizou as redes sociais para criticar a fala de Lula, e a Embaixada da Ucrânia no Brasil informou que pretendia marcar uma reunião com Lula.
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