Testemunha diz que tiro em atendente do McDonald's não foi acidental
Familiares da vítima protestaram, nesta 5ª feira, em frente à lanchonete: "Uma vida vale mais que um cupom"
A Polícia Civil ouviu, na noite desta 4ª feira (11.mai), o casal que acompanhava o bombeiro Paulo César de Souza, suspeito de atirar no atendente do Mc Donald's, Mateus Domingues Carvalho, na madrugada da última 2ª feira (9.mai), na zona oeste do Rio de Janeiro. Em depoimento, uma das testemunhas afirmou que o disparo que atingiu o funcionário não foi acidental, como alegou a defesa do militar.
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Segundo o amigo do bombeiro, que no circuito de segurança, aparece usando um casaco laranja, a discussão teve início assim que Paulo César entrou na lanchonete e que, na sequência, o militar deu início às agressões. A testemunha disse ainda que o atendente só reagiu aos golpes para tentar se defender. Na sequência, o bombeiro pegou a arma e atirou contra o funcionário, que foi baleado na barriga.
De acordo com familiares, o rapaz perdeu o rim esquerdo e parte do intestino, em decorrência do ferimento à bala. O rapaz segue internado no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca.
Nesta 5ª feira (12.mai), amigos e parentes de Mateus realizaram um protesto, em frente à unidade da rede de fast-food onde a vítima trabalhava. Levando placas com frases como "Nem sempre o cliente tem razão" e "Uma vida vale mais que um cupom", em referência aos problemas envolvendo o ticket de desconto do atirador, que teria motivado a discussão, o grupo pediu justiça pelo rapaz. Pessoas próximas de Mateus e funcionários da lanchonete também relataram o medo de ameaças e represálias por parte do agressor, que continua solto.
O Corpo de Bombeiro informou, nesta 3ª feira (10.mai), que emitiu um pedido de prisão preventiva de Paulo César, que é sargento da corporação.
Esta não foi a primeira passagem do militar pela polícia. Em 2012, o bombeiro foi autuado por lesão corporal e ameaça contra uma mulher e, em 2018, por violação de domicílio e invasão de um terreno.
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