Rússia volta a dizer que não tem intenção de derrubar Zelensky
Declaração foi dada na mesma entrevista em que chanceler afirmou que Hitler era judeu
Na mesma entrevista em que sugeriu que Adolf Hitler era judeu, o ministro das Relações Exteriores da Rússia também voltou a afirmar que o país não tem intenção de destituir o atual presidente ucraniano do poder. À emissora italiana, Mediaset, neste domingo (1ºmai), Sergey Lavrov respondeu se a rendição de Volodymyr Zelensky é uma condição para o fim da guerra que já dura 68 dias.
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"Não exigimos que ele se renda. Exigimos que ele dê a ordem para libertar todos os civis e parar a resistência", afirmou. Lavrov acusou os Estados Unidos de exigiram mudanças de regime em países que "invade". "Nosso objetivo não inclui a mudança de regime na Ucrânia. Esta é uma especialidade americana. Eles fazem isso em todo o mundo".
Ao ser questionado sobre quem poderia restabelecer a paz no país, o chanceler da Rússia afirmou que era tarde demais, e culpou os últimos presidentes ucranianos pela invasão.
'Todos os problemas poderiam ter sido resolvidos pacificamente por Poroshenko, eleito em 2014, sob o lema 'Paz no Donbass'. No entanto, ele começou uma guerra. Zelensky poderia ter decidido. Durante a campanha eleitoral, ele também se apresentou como o 'presidente do mundo'. Em dezembro de 2019, em Paris, ele assinou uma obrigação de cumprir os acordos de Minsk (acordo assinado pela Ucrânia, a Rússia, Donetsk e Lugansk, em 2014, para colocar fim aos conflitos armados no leste da Ucrânia) e adotar uma lei sobre a concessão de um status especial à região de Donbass. Ele teve todas as chances. Todas as 'cartas' e 'trunfos' estavam em suas mãos, mas preferiu declarar publicamente e com arrogância que nunca cumpriria os acordos de Minsk."